Sábado – Pense por si

O que se sabe sobre os ativistas que iam na Flotilha para Gaza?

As mais lidas

Tripulantes têm agora de decidir se aceitam a deportação ou se a contestam, aguardando

As forças israelitas intercetaram a Flotilha internacional tripulada por ativistas pela Palestina que tentavam entregar ajuda humanitária a Gaza e detiveram dezenas de pessoas. Entre os detidos estão quatro portugueses que seguiam na flotilha. 

Portugueses detidos pelas forças de Israel a bordo da Flotilha de Gaza
Portugueses detidos pelas forças de Israel a bordo da Flotilha de Gaza Israeli Foreign Ministry via AP

Ainda na noite de quarta-feira Mariana Mortágua, Miguel Duarte, Sofia Aparício e um outro português foram detidos e o Bloco de Esquerda afirmou hoje ter sido que os ativistas portugueses se encontram num porto em Israel. Fabian Figueiredo referiu ainda que “existe a possibilidade, ainda não confirmada, de serem visitados pela embaixada portuguesa em Israel”.

Israel prometeu que iria repatriar todos os ativistas, mas ainda não são conhecidos os moldes em que esse repatriamento irá acontecer nem quando. A Reuters explica que existem agora duas opções para os tripulantes da flotilha: ou assinam um documento a autorizar a sua deportação ou ficam detidos até apresentarem um recurso à ordem de deportação.

Segundo a organização a maior parte dos seus navios foi intercetado ou presumivelmente intercetado uma vez que a comunicação com os passageiros a bordo foi perdida na manhã desta quinta-feira na sequência de uma operação que as forças israelitas começaram na noite anterior. Os organizadores disseram anteriormente que a flotilha era composta por cerca de com aproximadamente 500 ativistas de 47 países diferentes, ainda assim algumas das embarcações foram forçadas a regressar mais cedo devido a problemas técnicos.

Os tripulantes das embarcações - que partiram de Espanha no início de setembro - relataram três casos distintos de ataques de drones durante a viagem até Gaza. Espanha e Itália enviaram embarcações da sua marinha para escoltar a flotilha durante parte da viagem, mas pediram aos ativistas que recuassem e evitassem o confronto com as forças de Israel.

A carregar o vídeo ...

A Flotilha, que saiu de Espanha, estava no mar há um mês e acabou intercetada pelos militares israelitas quando já estava a 129 km da costa de Gaza. À semelhança de outras interceções militares de Telavive, os barcos foram abordados em águas internacionais.

Já esta quinta-feira de manhã, em Copenhaga, o primeiro-ministro reagiu à detenção dos portugueses a bordo da Flotilha. Luís Montenegro referiu ser necessário "salvaguardar o apoio consular e a forma tranquila" como os portugueses detidos vão regressar a Portugal. Garantiu ainda que o Governo está em contacto com as autoridades de Israel, apesar de ainda não lhe terem sido dadas informações muito detalhadas.

A deputada e coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, pediu a proteção do Estado Português, mesmo antes de partir com a Flotilha. Algo que o Governo adiantou .

Artigos Relacionados
Panorama

Perto das pessoas e das comunidades

Os municípios portugueses têm tido um papel fulcral na promoção da saúde, do bem-estar e da inclusão. E é justamente neste âmbito que se destaca o contributo que a psicologia como ciência e profissão pode dar no cumprimento e na otimização dessa missão.