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Nos últimos anos várias foram as flotilhas que tentaram chegar a Gaza, no entanto nenhuma teve sucesso.
Depois de terem sido detidos por Israel
ainda em alto mar, os membros da Flotilha humanitária que seguia para Gaza,
incluindo Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício e um quarto
português que só se soube agora fazer parte da tripulação, terão sido levados para
um navio israelita e transportado para o porto de Ashdod, em Israel, onde devem
ficar a aguardar deportação.
Portugueses detidos pelas forças de Israel a bordo da Flotilha de GazaIsraeli Foreign Ministry via AP
Segundo o Bloco de Esquerda, o Presidente
da Républica já confirmou que todos os ativistas portugueses se encontram num
porto em Israel, no entanto até ao momento não existem mais informações além da
“possibilidade, ainda não confirmada, de serem visitados pela embaixada
portuguesa em Israel”.
O que se sabe é que existem duas
opções para a repatriação dos ativistas, ou assinam um documento a autorizar a
sua deportação ou ficam detidos até apresentarem um recurso à ordem de deportação,
que será posteriormente analisado. Além de serem deportados é comum, nestas
situações, que seja decretada a proibição de entrada no território israelita
nos próximos cem anos, no entanto ainda não foi avançada nenhuma informação que
confirme que os ativistas portugueses vão ser sujeitos a esta medida.
Em condições normais os primeiros
processos estariam resolvidos até sexta-feira, no entanto Israel prepara-se
para celebrar o Yom Kippur - principal feriado judaico que faz com que
praticamente tudo no país pare - pelo que é possível que fiquem detidos até
domingo.
Nos últimos anos vários foram os
esforços de ativistas para que ajuda humanitária chegasse a Gaza através de
barcos e quebrasse o bloqueio israelita, no entanto nenhuma teve sucesso. Já este
ano uma flotilha tinha sido intercetada e ativistas como a sueca Greta Thunberg
e o brasileiro Thiago Ávila foram detidos, posteriormente acabaram por assinar as
ordens de deportação onde renunciaram ao direito de adiar sua saída por um período
de 72 horas, que lhes permitiria ir a tribunal, e foram imediatamente expulsos
do país.
No entanto existiram oito
ativistas, incluindo o eurodeputado francês Rima Hassan, que se recusaram a
assinar as ordens e alegaram que nunca tiveram qualquer intenção de entrar em
território israelita. Ainda assim o tribunal manteve as ordens de deportação.
Israel tem acusado a Flotilha de ter
ligações ao Hamas e o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelitas afirmou
ter encontrados documentos em Gaza que provam o financiamento e o envolvimento
do grupo palestiniano na missão humanitária. Um dos documentos que está em
causa é uma carta datada a 2021 e assinada pelo então líder do Hamas Ismail
Haniyeh que revela uma estreita ligação entre o grupo e a Conferência Popular
para os Palestinianos no Estrangeiro, envolvida na operação.
Alguns dos ativistas presentes
nesta flotilha já estiveram detidos em Israel em condições similares, mas a
Adalah, organização de direitos humanos e centro jurídico em Israel, referiu que
o mais provável é estes ativistas – como Greta Thunberg e Thiago Ávila – terem o
mesmo tratamento do que aqueles que estão a participar pela primeira vez e
fiquem detidos por um curto período de tempo. No entanto alguns líderes israelitas,
como é o caso do ministro da Segurança Nacional Bem-Gvir, têm sugerido que os
participantes sejam submetidos a uma detenção prolongada.
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