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Agora, Cristo já não é judeu. Cristo é palestino. Morto por judeus, provavelmente.
Que era palestino. Jesus. Jesus Cristo. Palestino. Afirmação anacrónica. Com as patas de fora do seu tempo factual. Um estúpido, ou um distraído mental, está desculpado, se achar normal um cavaleiro da Idade Média ter um relógio no pulso. A incoerência histórica vem de um currículo de chumbo. Docente universitária, mestrado e doutoramento em História do Médio Oriente, investigadora, consultora internacional, apresentada como suprassumo dos tais assuntos do Médio Oriente. Maria João Tomás, comentadora residente da SIC Notícias, no dia 23 de Dezembro consentiu que nascesse a pergunta: o que é que morava, naquele dia, na sua cabeça? A mentira, sem qualquer hipótese de sustentação, ata-se à carroça das ideias propositadamente erradas que por aí andam. É desastroso, é, é pior, não há nomes bonitos para os alucinados de um Jesus Cristo feito à medida que convém a cada desinformador, arrancando a sua identidade e significado. Respeito, senhora doutora. A viagem no tapete assenta no intuito de mutilar o que está provado, desfigurar aquilo que corresponde ao que é, foi e será: o fundador do Cristianismo é judeu, filho de pais judeus, e veio ao mundo na cidade de Belém, na Judeia sob o domínio romano, e não às ordens de Mahmoud Abbas, que por esse século nem tinha perfil de átomo. Sem receber o contraditório por parte da jornalista presente, o que é grave, o desvario continuou durante a sua intervenção no programa O Porquê das Coisas. Procurou amparar a teoria que é palestino quem católicos e cristãos consideram ser Filho de Deus, disse que o Papa Francisco envolvera o boneco do menino Jesus numa keffiyeh. Calma. Quando se lê notícias os olhos precisam de ir até ao fim da página. Em 2024, artistas palestinianos de Belém ofereceram um presépio ao Vaticano. O lenço, adicionado à última hora por um desses artistas, acabou por ser retirado para que a figura de Jesus, como manda a tradição católica, fosse colocada correctamente no cenário natalício na noite de 24 para 25 de dezembro. A tentativa de mostrar que inclusivamente um Papa havia aceitado Jesus Cristo enrolado à keffiyeh é um espelho partido. Muito embora o Concílio do Vaticano II, em 1965, tenha repudiado a ideia de que a todos os judeus, passados ou presentes, não cabia responsabilidade na morte de Jesus, num documento chamado Nostra Aetate (Nossa Era), e de o Papa Bento XVI, em 2011, destacar que o Evangelho de João se refere a grupos específicos de acusadores, e não ao povo judeu como um todo, o antissemitismo religioso continuou a pautar-se pela acusação incorrecta e mete muito nojo: os judeus mataram um dos seus, assassinaram Cristo. Agora, Cristo já não é judeu. Cristo é palestino. Morto por judeus, provavelmente.
Devia ser proibido a pessoas que se apresentam como autoridade na matéria brincar com temas sérios, não saber de temas sérios, alterar temas sérios.
Julgar o passado com os valores do presente é o despiste do investigador.
Foi o facto de se sentir zangado com a atitude da primeira figura do estado, que impulsionou Henrique Gouveia e Melo a se candidatar ao cargo de quem o pôs furioso.
Invadiram uma escola na Nigéria sequestraram cerca de 300 alunos e professores. Na sede do Bloco de Esquerda, no site esquerda.pt, na espuma de Mariana Mortágua e na antiquíssima modelo Aparício, imperou o silêncio violento.
O jornalismo não alimenta isto ou aquilo só porque vende ou não vende. As redações distanciam-se completamente de uma registadora. A igreja, logicamente, isenta-se de alimentar algo que lhe é prejudicial.
Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.
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Maioria dos problemas que afetam o sistema judicial português transita, praticamente inalterada, de um ano para o outro. Falta de magistrados do Ministério Público e de oficiais de justiça continua a ser uma preocupação central. A esta escassez humana soma‑se a insuficiência de meios materiais e tecnológicos.
O Almirante Gouveia e Melo adoptando um estilo quezilento e anti-político deixou pelo menos uma coisa bem clara: não tem jeitinho algum para a função a que se candidata. Afogar-se-á no aquário das presidenciais.