Estados Unidos dizem que foi alvo de purga, mas governo chinês diz que está afastado por "motivos de saúde".
O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, não é visto em público há duas semanas. Pequim refere que ausência se deve a "motivos de saúde", mas fontes internacionais suspeitam de que tenha sido afastado do partido na sequência de ter sido investigado por corrupção.
Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS
Em resposta a perguntas da agência Reuters, fonte do governo de Pequim refere que problemas de saúde estarão na origem da ausência do ministro da Defesa. Anteriormente, um porta-voz tinha dito que desconhecia os motivos por trás da ausência de Li Shangfu. "Não estou ciente sobre a situação que referiu", disse Mao Ning, em conferência de imprensa, após ser questionada sobre o assunto. Estas declarações surgem depois de, esta semana, o jornal norte-americano Washington Postavançar que Li está a ser investigado por suspeitas de corrupção e que iria ser afastado do governo. O jornal cita responsáveis do executivo norte-americano e duas fontes ligadas à indústria da defesa na China.
Li foi visto pela última vez num fórum de segurança China - África, que se realizou no dia 29 de agosto, pouco depois de ter visitado Moscovo e Minsk, para se encontrar com altos funcionários da Rússia e Bielorrússia. Fontes norte-americanas acreditam que o ministro se encontra em prisão domiciliária enquanto é alvo de investigação, segundo oFinancial Times.
Li é próximo do presidente Xi Jinping e a confirmar-se que foi alvo de uma purga interna, seria a primeira vez que tal acontecia a um membro da Comissão Militar Central do Partido Comunista Chinês, o órgão responsável pela supervisão do exército chinês. O combate à corrupção é uma das bandeiras de Xi e tem-se tornado mais relevante nos últimos anos.
O embaixador norte-americano no Japão, Rahm Emanuel, revelou, na rede social X (antigo Twitter), que o ministro não é visto em público há várias semanas e que tem falhado reuniões públicas.
Em junho deste ano, Qin Gang, ministro dos Negócios Estrangeiros chinês foi substituído no cargo, sem justificação oficial. O afastamento aconteceu após um mês em que o governante esteve em parte incerta, sendo que circularam rumores nos canais oficiais chineses de que o desaparecimento estava relacionado com um caso amoroso.
Qin, ex-embaixador da China nos Estados Unidos, foi promovido em dezembro passado e deixou de aparecer em público a 25 de junho, após meses de atividade frenética, suscitada pela reabertura da China, ao fim de três anos da política zero covid.
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