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Merz afirma que Putin aceitou reunião com Zelensky dentro de duas semanas

Lusa 07:32
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Trump escreveu na sua rede social que telefonou a Putin e iniciou “os preparativos para uma reunião, em local a determinar”, entre os chefes de Estado russo e ucraniano.

O chanceler alemão afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, aceitou, em conversa telefónica com o presidente dos EUA na segunda-feira, reunir-se com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, nas próximas duas semanas.

Merz avança que Putin aceitou reunir com Zelensky nas próximas semanas
Merz avança que Putin aceitou reunir com Zelensky nas próximas semanas

Após conversações na Casa Branca entre Donald Trump, Zelensky e vários líderes europeus, Friedrich Merz afirmou à imprensa que o presidente russo, em contacto telefónico com Trump, “concordou que se realizaria nas próximas duas semanas uma reunião” sua com o presidente ucraniano.

Outro participante na reunião, o presidente finlandês, Alexander Stubb, afirmou que dos contactos na Casa Branca resultou que “se tudo correr bem” na primeira reunião Putin-Zelensky, haverá uma outra trilateral com Trump. "Tratando-se de Putin”, disse Stubb, o resultado da primeira reunião é “um grande se”.

Presidente do país com a maior fronteira terrestre com a Rússia, e ele próprio descendente de finlandeses originários da região da Karelia anexada pela Rússia após a II Guerra Mundial, Stubb mostrou-se moderadamente otimista, afirmando que na reunião da Casa Branca foram dados "três passos em frente, nenhum para trás”.

A reunião de segunda-feira em Washington foi , após uma cimeira no Alasca na sexta-feira , que não produziu nenhum anúncio relacionado com um acordo para o conflito.

Além de Zelensky, Merz e Stubb, marcaram presença na Casa Branca os líderes francês, Emmanuel Macron, e britânico, Keir Starmer. Estiveram ainda presentes a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Numa mensagem na rede social Truth, Trump afirmou que, no final da reunião de ontem na Casa Branca com Zelensky e líderes europeus sobre o conflito na Ucrânia, telefonou a Putin e iniciou “os preparativos para uma reunião, em local a determinar”, entre os chefes de Estado russo e ucraniano. “Após essa reunião, teremos uma reunião trilateral, que seriam os dois presidentes, para além de mim”, adiantou.

Citando fonte próxima do encontro, a AFP adianta que Putin disse a Trump estar pronto a encontrar-se com Zelensky.

Após uma primeira reunião com Zelensky, seguiu-se uma reunião de Trump também com os líderes europeus, que terminou em conversações na Sala Oval da Casa Branca, tendo sido discutidas as garantias de segurança para a Ucrânia, adiantou o Presidente norte-americano na rede social Truth. Estas garantias, adiantou "seriam prestadas pelos vários países europeus, em coordenação com os Estados Unidos".

Na CNN, Stubb foi confrontado com uma inconfidência de Trump, que num momento em que falava em privado com os líderes europeus, sem saber que o microfone estava ligado, mostrou confiança na postura de Putin. “Eu acho que ele quer fazer um acordo para mim. Por mais maluco que isto pareça”, afirma Trump no momento difundido pelas cadeias de televisão que filmavam em direto o final da parte pública do encontro com os líderes europeus.

Stubb recordou estar em causa "lidar com Putin”, cujos "objetivos básicos estratégicos continuam a ser os mesmos”. Estes são três, enumerou: a Rússia ser vista como superpotência, dividir os países ocidentais e negar a soberania da Ucrânia.

No final, Merz defendeu que a Ucrânia não deve ser forçada a fazer concessões territoriais como parte de um possível acordo de paz com a Rússia. "A exigência russa de que Kiev ceda as partes livres do Donbass corresponde, francamente, a uma proposta de que os Estados Unidos cedam a Florida", disse Merz aos jornalistas.

Na , Merz defendeu que "os próximos passos serão mais complicados”, sendo necessário "pressionar a Rússia”, e insistiu na necessidade de suspensão das hostilidades. “É necessário haver um cessar-fogo antes de novas negociações”, afirmou o chanceler alemão.

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