Cerca de 200 camiões entraram nos últimos dias, após três meses de bloqueio total israelita. Porém, não chega "sequer perto de cobrir a escala e o volume das necessidades dos 2,1 milhões de habitantes de Gaza", avisou, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric.
O Governo israelita anunciou esta sexta-feira que 107 camiões das Nações Unidas e da comunidade internacional com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza na quinta-feira após uma "inspeção minuciosa".
AP Photo/Leo Correa
Segundo o braço militar israelita responsável pelos assuntos civis nos territórios ocupados (Cogat), os camiões entraram pela passagem de Kerem Shalom e levaram bens como farinha, alimentos, equipamento médico e medicamentos.
"A ajuda foi transferida após uma inspeção de segurança completa" realizada por funcionários do Ministério da Defesa responsável pelas passagens de fronteira, explicou a mesma fonte, acrescentando que continuará a fazer todos os esforços para garantir que a ajuda "não chega às mãos da organização terrorista Hamas".
Cerca de 200 camiões entraram em Gaza nos últimos dias, após três meses de bloqueio total israelita, sendo que, na quinta-feira, 90 foram distribuídos por todo o enclave, a maioria dos quais carregados com material médico ou farinha para as padarias da Faixa de Gaza.
A ajuda humanitária permitida por Israel em Gaza nos últimos dias "nem sequer chega perto de cobrir a escala e o volume das necessidades dos 2,1 milhões de habitantes de Gaza", avisou, no entanto, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric.
Antes da guerra, entravam no país, em média, 500 camiões todos os dias com produtos básicos para a população, embora as organizações humanitárias já considerassem isso insuficiente. Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária em Gaza desde 2 de março, ainda antes de o último acordo de cessar-fogo ter sido quebrado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou na semana passada que meio milhão de habitantes de Gaza estavam à beira da fome devido ao "bloqueio deliberado" de Israel, e 57 crianças já tinham morrido de subnutrição desde o início de março.
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