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Kiev sofre o "maior ataque" noturno de drones desde o início da invasão

Ucrânia celebra este domingo o Dia de Kiev. Militares do país falam num ataque direto aos habitantes, que durou cerca de cinco horas.

A Ucrânia anunciou este domingo que combateu "o ataque de drones mais significativo" em Kiev desde o início da invasão russa, que provocou dois mortos e três feridos, anunciaram as autoridades ucranianas.

Pavlo Petrov/Press service of the State Emergency Service of Ukraine/via REUTERS

Os responsáveis ucranianos disseram que, da noite de sábado para este domingo, destruíram 52 dos 54 drones com explosivos lançados por Moscovo no país, incluindo "mais de 40" só na capital.

"Este é o ataque com drones mais importante contra a capital desde o início da invasão russa", lamentou a administração militar regional no Telegram, acrescentando que "ocorreu em várias ondas e o alerta aéreo durou mais de 5 horas!", confirmou a força aérea ucraniana na rede social Telegram.

Segundo a administração militar regional "os destroços caíram sobre um prédio de sete andares" no distrito de Golosiïvskiï, matando uma pessoa e ferindo outra. Mas até agora, no total, as autoridades registaram dois mortos e três feridos em Kiev. 

Os destroços causaram ainda um incêndio numa zona de armazéns, que se propagou por mais de 1.000 metros quadrados e feriu uma pessoa no local, segundo a mesma fonte.

"Os serviços de emergência estão em todos os locais", especificaram as autoridades regionais.

No distrito de Solomiansky, "devido à queda de restos dos drones perto de uma bomba de combustível, uma mulher de 35 anos foi hospitalizada e um homem de 41 anos morreu", disse o autarca de Kiev, Vitali Klitschko.

"Hoje o inimigo decidiu parabenizar os habitantes (da capital) pelo Dia de Kiev com a ajuda dos seus drones assassinos", ironizaram as autoridades regionais, referindo-se ao feriado da cidade, que se celebra hoje.

Este é o 14.º ataque a Kiev desde o início de maio, segundo as autoridades.

Um total de 54 drones com explosivos foi lançado "das regiões de Bryansk e Krasnodar" na Rússia, disse a força aérea ucraniana, que se mostrou satisfeita por ter intercetado 52 destes aparelhos não tripulados.

Segundo a força aérea ucraniana, a Rússia visava em particular "instalações militares e infraestrutura crítica nas regiões centrais do país, em particular na região de Kiev".

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