Ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu que não vai haver cessar-fogo até à rendição do Hezbollah. Sem comentar a proposta, Netanyahu pediu ao exército para manter as operações.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, rejeitou as propostas dos EUA e da França que pediam uma trégua de 21 dias no Líbano. Já antes, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tinha dito ao exército que mantivesse as suas operações, sem comentar as propostas de cessar-fogo.
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
"Não vai haver cessar-fogo no norte", escreveu Katz na rede social X. "Vamos continuar a lutar contra a organização terrorista Hezbollah com toda a nossa força até à vitória e o regresso seguro dos residentes do norte às suas casas."
Antes disso, Netanyahu, que está em Nova Iorque para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, emitiu um comunicado onde informava que tinha dado ordens às forças militares para continuarem a lutar com toda a sua força, cumprindo os planos operacionais. "Esta é uma proposta americano-francesa à qual o primeiro-ministro nem sequer respondeu", justificou o gabinete de Netanyahu, quando questionado sobre a proposta.
Dentro do governo, o ministro das Finanças que lidera uma das duas fações nacionalistas e religiosas da coligação, defendeu que só a rendição e extinção do Hezbollah irão possibilitar o regresso das pessoas que fugiram do norte. "Não se pode dar tempo ao inimigo para recuperar dos golpes pesados que sofreu e para se reorganizar para continuar a guerra daqui a 21 dias", afirmou Bezalel Smotrich, em comunicado.
Os EUA e a França, apoiados por outros aliados, pediram, na quarta-feira, um cessar-fogo de 21 dias ao longo da "linha azul", a zona de fronteira entre os dois países. Essa pausa serviria para os dois lados do conflito negociassem com vista a uma potencial resolução diplomática.
Israel lançou os mais pesados ataques contra o Líbano desde a guerra de 2006, ao longo da semana passada. Já morreram mais de 600 pessoas. O Hezbollah também disparou centenas de mísseis contra alvos israelitas incluindo, pela primeira vez, Telavive. Ainda assim, os danos terão sido limitados devido ao sistema de defesa israelita.
Israel e o Hezbollah têm trocado fogo há quase um ano, desde que o Hamas lançou um ataque me território israelita a 7 de outubro de 2023. O grupo libanês, apoiado pelo Irão, tem desde então mostrado com mísseis o seu apoio à população de Gaza e garante que só vai parar os ataques quando terminar a guerra no enclave palestiniano controlado pelo Hamas.
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