Segundo a ONU, por causa do fogo israelita, mais de 90.000 libaneses viram-se obrigados a abandonar as suas casas, e, na quarta-feira, famílias inteiras continuaram a chegar à fronteira com a Síria.
Os ataques de Israel contra o Líbano, para atingir o movimento xiita Hezbollah, causaram na quarta-feira 72 mortos e cerca de 400 feridos, de acordo com dados do Ministério da Saúde libanês.
Os "ataques aéreos israelitas" provocaram a morte a 38 pessoas no sul do Líbano, 12 na região de Bekaa (leste) e 22 em três cidades a norte e a sul de Beirute, referiu o ministério, que acrescenta que perto de 400 pessoas ficaram feridas.
Israel divulgou na quarta-feira à noite que atingiu "mais de 2.000 alvos terroristas" do movimento xiita Hezbollah no Líbano nos últimos três dias, após a forte intensificação do fogo cruzado transfronteiriço entre o grupo islamita libanês e o Exército israelita.
As autoridades israelitas referiram que a sua ofensiva contra o Hezbollah no Líbano tem como objetivo permitir o regresso a casa de dezenas de milhares de habitantes deslocados da zona norte do país, junto à fronteira libanesa, por causa dos ‘rockets’ disparado pela milícia xiita.
No seu terceiro dia de bombardeamentos consecutivo, Israel concentrou-se no sul e no leste do Líbano, dois bastiões do movimento islamita apoiado pelo Irão. A Força Aérea israelita também atacou aldeias fora dos redutos do Hezbollah, incluindo Maaysara, a norte de Beirute.
Segundo a ONU, por causa do fogo israelita, mais de 90.000 libaneses viram-se obrigados a abandonar as suas casas, e, na quarta-feira, famílias inteiras continuaram a chegar à fronteira com a Síria.
Esta nova fase do conflito, de aumento dramático de tensões entre Israel e o Hezbollah foi desencadeada por dois dias de explosões simultâneas dos dispositivos de comunicação do grupo, primeiro ‘pagers’, depois ‘walkie-talkies’ - a 17 e 18 de setembro -, ataques atribuídos a Israel que fizeram cerca de 40 mortos e de 3.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço divulgado pelas autoridades libanesas.
Há mais de 11 meses que as forças israelitas e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado ao longo da fronteira entre o Líbano e Israel, nos piores confrontos desde a guerra de 2006, que se intensificaram fortemente este verão, após um ataque que matou 12 crianças nos Montes Golã, ocupados por Israel desde 1967.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez pelo menos 41.495 mortos e 96.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente.
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