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Havai: 850 pessoas continuam desaparecidas após incêndio

Andreia Antunes com Ana Bela Ferreira
Andreia Antunes com Ana Bela Ferreira 21 de agosto de 2023 às 18:02
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Fogo foi considerado o mais mortífero da história dos Estados Unidos, tendo sido confirmada a morte de pelo menos 114 pessoas.

Cerca de 850 pessoas continuam desaparecidas na sequência dos incêndios florestais em Maui, no Havai. Mais de 1.285 pessoas foram encontradas em segurança.

REUTERS/Mike Blake

O presidente da Câmara, Richard Bissen, referiu que estava "simultaneamente triste e aliviado com estes números". Segundo o mesmo, temia que mais de 2 mil pessoas estivessem desaparecidas, número que continha a lista quando as busca por residentes desaparecidos começou na semana passada.

Pelo menos 114 pessoas foram confirmadas como mortas após os incêndios florestais. Este foi considerado o mais mortífero da história dos Estados Unidos pelo Richard Bissen.

"À medida que continuamos o processo de recuperação, o número de identificados aumentará e o número de desaparecidos poderá diminuir", disse o autarca. "Mas haverá flutuações diárias nos números à medida que os membros da família são adicionados e removidos da lista".

Richard Bissen pediu que os familiares das pessoas desaparecidas fornecessem uma amostra de ADN para ajudar no processo de identificação.

Os incêndios florestais devastaram algumas partes da ilha, tendo a zona histórica da cidade de Lahaina sido a mais afetada pelas chamas. Cerca de 2.170 hectares de terra em Lahaina foram queimados, com milhares de estruturas danificadas ou destruídas, afirmaram as autoridades de Maui.

A cruz vermelha está a providenciar abrigo em vários locais da ilha já que muitos dos sobreviventes não podem ainda regressar às suas casas que se encontram danificadas ou destruídas.

O chefe da Agência de Gestão de Emergências de Maui demitiu-se após ter referido que não se arrependia de não ter utilizado as sirenes para avisar os residentes dos incêndios florestais. Alguns dos residentes afirmaram que várias vidas poderiam ter sido salvas se as sirenes tivessem soado, mas a agência disse que estas seriam "ineficazes e confusas".

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, vai interromper as suas férias para se deslocar ao Havai esta segunda-feira. O mesmo disse que não queria viajar até Maui até ter garantia que não iria interferir com os esforços de resposta às emergências.

A Casa Branca respondeu que Biden tem estado a liderar um esforço de "todo o governo" para ajudar o Havai a recuperar.

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