Sábado – Pense por si

Hashem Safieddine. Será este o próximo líder do Hezbollah?

Leonor Riso
Leonor Riso 28 de setembro de 2024 às 17:17
As mais lidas

Tem 60 anos mas está a ser preparado desde 1994 para suceder ao primo, Hassan Nasrallah, que morreu num ataque israelita ao Líbano.

Hashem Safieddine tem 60 anos e pode estar a preparar-se para suceder ao primo, Hassan Nasrallah, na liderança do Hezbollah, segundo a agência noticiosa Reuters. Líder do conselho executivo e responsável pelos assuntos políticos do Hezbollah, Hashem Safieddine também tem assento no Conselho da Jihad, que gere as operações militares. 

AP Photo/Bilal Hussein

Como Hassan Nasrallah, também usa o turbante negro que o marca como descendente de Maomé. Nascido em 1964 em Deir Qanoun En Nahr, no sul do Líbano, também é clérigo e integra a estrutura do Hezbollah desde a sua fundação, em 1982. 

Nos anos 80, como Hassan Nasrallah, Safieddine foi para o Irão para estudar Teologia. Desde 1994, ano em que começou a liderar o conselho executivo do Hezbollah,  que está a ser preparado para suceder a Nasrallah. 

Hashem Safieddine foi designado como terrorista em 2017, numa iniciativa conjunta dos Estados Unidos da América e da Arábia Saudita. Nesse mesmo ano criticou os EUA, quando Donald Trump era presidente. "Esta administração mentalmente impedida e louca liderada por Trump não será capaz de magoar a resistência."

Em junho, durante as cerimónias fúnebres do comandante do Hezbollah Fuad Shukr, ameaçou agudizar o conflito. "Deixem o inimigo preparar-se para chorar e lamuriar-se", prometeu. 

Aos palestinianos, já afirmou que "a nossa história, as nossas armas e os nossos rockets estão convosco". 

Nos seus discursos, frisou o seu compromisso em responder à "agressão" de Israel: "Se o nosso dever, como hoje, é estar no sul do Líbano a lutar este inimigo e a oferecer os nossos mártires, estamos prontos a sacrificar tudo, confiantes em como Alá irá garantir-nos a vitória como fez em 2006." Em 2006, o líder do Hezbollah Hassan Nasrallah declarou "vitória divina" após 34 dias de guerra com Israel que ocupava o sul do Líbano.

Artigos Relacionados
Cyber Crónicas

É urgente reconhecer a polícia

O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.