Proposta foi feita pelo Egito e pelo Qatar. Israel ainda não se pronunciou sobre a mesma, mas decidiu avançar com ataques em Rafah, a cidade que é o refúgio de mais de um milhão de deslocados.
O Hamas anunciou esta segunda-feira ter aceitado a proposta do Egito e do Qatar para um cessar-fogo em Gaza, anuncia a Reuters, citando um comunicado do grupo islâmico. Israel ainda não se pronunciou sobre esta proposta, mas decidiu avançar com o ataque à cidade de Rafah.
REUTERS/Alexander Ermochenko
Segundo o comunicado, o líder do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh, informou o primeiro-ministro qatari e o ministro dos serviços de inteligência do Egito da aceitação da proposta.
Oficialmente ainda não são conhecidos mais detalhes deste acordo que pode colocar um fim ao conflito na Faixa de Gaza, desencadeado a 7 de outubro quando o Hamas atacou território israelita fazendo mais de 200 reféns e matando mais de 1.000 pessoas. Do lado palestiniano, segundo o Hamas, já morreram mais de 30 mil pessoas.
Um funcionário do Hamas disse à Reuters que o acordo implica um cessar-fogo, a reconstrução de Gaza, o regresso dos deslocados e um acordo de troca de prisioneiros.
O anúncio feito pelo Hamas ainda não mereceu qualquer comentário oficial por parte de Israel e surge horas depois das forças israelitas terem ordenado a evacuação de partes da cidade de Rafah, que tem sido o abrigo de mais de um milhão de deslocados. No total, a cidade no sul da Faixa de Gaza alberga mais de 2,3 milhões de pessoas.
Um oficial israelita comentou, sob anonimato, o acordo à Reuters, garantindo que será uma versão "suavizada" da proposta original que tinha condições inaceitáveis para Israel. "Isto parece ser um estratagema com a intenção de fazer com que Israel pareça ser o lado que recusa um acordo", disse.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou entretanto que o gabinete de guerra aprovou a continuidade da operação na cidade de Rafah, de forma a pressionar o Hamas a libertar os reféns israelitas e atingir outros objetivos de guerra do país na Faixa de Gaza.
"O gabinete de guerra decidiu de forma unânime que Israel deve continuar a operação em Rafah para exercer pressão militar sobre o Hamas para garantir a libertação dos nossos reféns e outros objetivos de guerra", refere o comunicado oficial de Netanyahu. "Paralelamente, apesar de a proposta do Hamas estar longe das exigências necessárias de Israel, enviaremos uma delegação de trabalho aos mediadores, a fim de esgotar a possibilidade de chegar a um acordo com condições aceitáveis para Israel", acrescenta a nota.
Esta será a primeira trégua desde a semana de pausa em novembro que permitiu a entrada de ajuda humanitária no território palestiniano. Há sete meses que as forças internacionais têm apelado a mais pausas, que permitam a entrada de ajuda e a libertação de reféns.
Notícia atualizada às 21h30 com o avançar da operação israelita em Rafah
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