O Governo Trump iniciou há vários meses um forte ataque ao ensino superior nos Estados Unidos, acusando as universidades privadas mais prestigiadas do país de terem permitido o florescimento do antissemitismo.
O Governo Trump retirou hoje à prestigiada universidade privada de Harvard o direito de admissão de estudantes estrangeiros, privando a instituição de uma importante forma de aumentar a sua visibilidade.
AP Photo/Charles Krupa, File
Segundo o seu 'site' na Internet, a universidade acolhe este ano cerca de 6.700 "estudantes internacionais", o que corresponde a 27% do total anual de alunos.
"A certificação do programa SEVIS (Student and Exchange Visitor) da Universidade de Harvard é revogada com efeitos imediatos", escreveu a secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, numa carta dirigida à instituição, contra a qual o Governo do Presidente republicano, Donald Trump, lançou uma grande ofensiva, cortando-lhe inclusive financiamento federal.
Este programa é o principal sistema através do qual os estudantes estrangeiros são autorizados a estudar nos Estados Unidos.
De acordo com a secretária da Segurança Interna, esta decisão significa que Harvard está proibida de receber estudantes titulares de vistos F ou J para o ano letivo de 2025-2026, uma enorme perda potencial para Harvard.
O Governo Trump iniciou há vários meses um forte ataque ao ensino superior nos Estados Unidos, acusando as universidades privadas mais prestigiadas do país de terem permitido o florescimento do antissemitismo e de não terem protegido suficientemente os estudantes judeus durante manifestações contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza.
De uma forma mais geral, o campo republicano critica as grandes universidades norte-americanas por promoverem ideias de esquerda, consideradas demasiado progressistas.
As associações de defesa das liberdades individuais consideram que ofensiva de Trump às universidades é um ataque à liberdade de expressão e uma tentativa de calar as críticas a Israel.
Na sua mensagem de correio eletrónico, que foi divulgada, a secretária da Segurança Interna critica Harvard por se recusar a transmitir informações ao Governo, "enquanto perpetua um ambiente perigoso no 'campus', hostil aos estudantes judeus, encorajando simpatias pró-[movimento islamita palestiniano] Hamas e utilizando políticas racistas de 'diversidade, equidade e inclusão'".
Pelo contrário, tais políticas de diversidade são justificadas pelos seus defensores como um meio de corrigir desigualdades históricas na sociedade norte-americana.
No seu braço-de-ferro com Harvard, o Governo Trump já tinha cortado mais de 2.000 milhões de dólares (1.772 milhões de euros) em subsídios à universidade situada perto de Boston, no nordeste dos Estados Unidos.
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