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O presidente dos Estados Unidos decretou o congelamento de dois mil milhões de euros em verbas federais para a Universidade de Harvard, depois de a instituição se ter recusado a aceitar uma série de exigências da administração, incluindo a supervisão direta do corpo docente, currículo e admissão de estudantes.
A Universidade Harvard decidiu reagir ao corte de financiamento por parte do governo federal dos Estados Unidos com um processo judicial onde acusa a administração Trump de violar a Constituição ao tentar controlar a forma como a instituição é gerida.
AP Photo/Charles Krupa, File
"Nenhum governo – independentemente do partido que estiver no poder - deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar, e quais as áreas de estudo e pesquisa que podem seguir", pode ler-se no processo.
O presidente dos Estados Unidos decretou o congelamento de dois mil milhões de euros em verbas federais para a Universidade de Harvard, depois de a instituição se ter recusado a aceitar uma série de exigências da administração, incluindo a supervisão direta do corpo docente, currículo e admissão de estudantes.
Os advogados da instituição reforçaram a tentativa do governo de "coagir e controlas Harvard", que ignora os princípios fundamentais contemplados na Primeira Emenda da Constituição que salvaguardam a "liberdade académica". Numa carta aos estudantes e aos funcionários, o reitor de Harvard, Alan Garber, explicou também que a instituição "não renunciará à sua independência, nem aos direitos que a Constituição garante".
Além disso, numa reação conjunta, mais de cem reitores de universidades e presidentes de sociedades académicas dos Estados Unidos divulgaram uma declaração em resposta às ameaças da administração Trump contra as instituições de ensino superior, considerando-as uma "interferência política sem precedentes": "Estamos abertos a reformas construtivas, mas não toleraremos a tentativa de instrumentalização do ensino superior".
"O que está em jogo é a independência das universidades americanas frente ao uso político da máquina federal", referiu um dos signatários à Reuters.
Desde a tomada de posse de Donal Trump, em janeiro deste ano, que o líder republicano tem atacado várias universidades de prestígio sob o argumento de que é preciso combater o que chama de "viés liberal", especialmente após os protestos pró-Palestina de 2024. Entre as ameaças, Trump promete retirar estatutos de isenção fiscal, proibir matrícula de alunos estrangeiros e cortar verbas de instituições que mantêm políticas de diversidade e inclusão.
As ameaças não se ficaram pelas instituições norte-americanas, mas sim a todas aquelas que têm programas financiados pelos Estados Unidos. No início do mês tornou-se público que os Estados Unidos cancelaram um programa de parceria com o Instituto Superior Técnico que permitia ter um espaço de divulgação da cultura americana, que funcionava à mais de dez anos. A instituição portuguesa foi ainda questionada sobre possíveis ligações a organizações terroristas.
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