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Juiz impede governo Trump de proibir inscrição de alunos estrangeiros em Harvard

Numa queixa apresentada no tribunal federal de Boston, a instituição universitária apelidou esta revogação de uma "violação flagrante" da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

Um juiz dos Estados Unidos impediu esta sexta-feira a administração Trump de proibira inscrição de alunos estrangeiros em Harvard. A informação foi avançada após a instituição universitária ter avançado com uma ação judicial contra o governo.

AP Photo/Charles Krupa, File

Numa queixa apresentada no tribunal federal de Boston, Harvard apelidou esta revogação de uma "violação flagrante" da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos e de outras leis federais, e garantiu que teve um "efeito imediato e devastador" sobre a universidade e mais de 7 mil portadores de visto.

"Com um golpe de caneta, o governo tentou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a Universidade e a sua missão", denunciou a instituição universitária de 389 anos. "Sem os seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard."

Como consequência, Harvard apresentou uma providência cautelar e solicitou à juíza distrital Allison Burroughs - responsável pelo caso - que bloqueasse esta revogação, ao sublinhar "o dano imediato e irreparável causado por essa ação ilegal".

A porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, entretanto já se manifestou sobre esta ação judicial. "Se Harvard se importasse tanto em acabar com o flagelo de agitadores anti-americanos, antissemitas e pró-terroristas no seu campus, eles não estariam nesta situação, para começar", referiu. "Harvard deveria investir o seu tempo e recursos na criação de um ambiente seguro no campus, em vez de entrar com ações judiciais frívolas."

A administração Trump decidiu proibir a inscrição de alunos estrangeiros na quinta-feira, ao acusar Harvard de "fomentar a violência, o antissemitisto e a coordenação com o Partido Comunista Chinês". Ainda assim, a instituição disse que não abdicaria dos seus "princípios fundamentais e legalmente protegidos".

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