Os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, estados que, juntos, têm 80 milhões de pessoas e que representam cerca de um terço da população brasileira, foram das vozes mais ativas da insurgência ‘bolsonarista’.
Figuras proeminentes da direita brasileira ligada ao ‘bolsonarismo’ insurgiram-se contra a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, na quinta-feira, com muitos a prometerem lutar pela sua amnistia.
Governadores reagem à condenação de Bolsonaro no BrasilAP Photo/Luis Nova
Entre pré-candidatos às presidenciais brasileiras de 2026, governadores de vários estados e lideres no Congresso, as críticas à decisão e o apoio a Bolsonaro não se fizeram esperar.
Os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, estados que, juntos, têm 80 milhões de pessoas e que representam cerca de um terço da população brasileira, foram das vozes mais ativas da insurgência ‘bolsonarista’.
“Bolsonaro e os demais estão sendo vítimas de uma sentença injusta e com penas desproporcionais. A história se encarregará de desmontar as narrativas e a justiça ainda prevalecerá”, escreveu nas redes sociais o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apontado por vários analistas à Lusa como o novo sucessor de Jair Bolsonaro na liderança da direita brasileira.
Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciado pré-candidato às presidenciais de 2026, questionou: “justiça ou Inquisição?”.
Do Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro reafirmou o seu “total apoio ao presidente Bolsonaro”.
Outro dos pré-candidatos à presidenciais, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi mais incisivo e reforçou que dará amnistia a Bolsonaro caso seja eleito Presidente: “se tiver a oportunidade de chegar à Presidência da República, assinarei a amnistia assim que tomar posse”.
Do congresso foram várias a mensagens de apoio a Bolsonaro e de repúdio à condenação. Vários parlamentares garantiram que vão fazer de tudo para colocar na agenda e fazer aprovar uma amnistia “geral e irrestrita” a todos os acusados e condenados de tentativa de golpe de Estado.
O líder do Partido Liberal (de Bolsonaro) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, disse que “o que o Brasil testemunhou não foi um julgamento”, mas sim “um espetáculo jurídico construído para esmagar um homem e, junto com ele, tentar calar milhões de brasileiros que ousam pensar diferente do sistema”.
“Diante desse cenário, só há um caminho para reconstruir o país: a amnistia. Não como concessão política, mas como compromisso com a paz”, sublinhou.
Em entrevista à Band, na quinta-feira, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, garantiu que “o Governo vai trabalhar contra a amnistia”.
O Supremo Tribunal Federal do Brasil condenou na quinta-feira Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, depois da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ter formado maioria para condenar o ex-Presidente por tentativa violenta de abolição do Estado de Direito Democrático, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.
Bolsonaro foi ainda considerado culpado de liderar a organização julgada criminosa.
A entrada na prisão não será automática, pois ainda há margem para alguns recursos.
Após a publicação do acórdão, a defesa e a acusação podem interpor embargos de declaração, no prazo de cinco dias, para corrigir eventuais contradições ou omissões. Esses recursos podem prolongar o processo por semanas ou meses.
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