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Fabricante italiano põe microchips comestíveis no queijo para evitar falsificações

Márcia Sobral
Márcia Sobral 19 de agosto de 2023 às 11:31
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Há mais indústrias a ponderar incluir tecnologia nos seus produtos, principalmente no setor farmacêutico e automóvel.

Os fabricantes do Parmigiano-Reggiano – um queijo original italiano incluído na lista de produtos alimentares protegidos pela União Europeia - começaram a introduzir microchips comestíveis nos seus produtos de forma a travar as falsificações. A notícia foi avançada peloWall Street Journalque destaca que os aparelhos tecnológicos são feitos de silício e têm a dimensão de um grão de areia.

Getty Images

De acordo com a marca, os chips têm um número de série único que será incluído nos rótulos de forma a conseguir rastrear o caminho que o queijo faz desde a fábrica até ao consumidor.

O Parmigiano-Reggiano é um parmesão único, produzido numa região específica no norte de Itália, que tem de obedecer a uma série de normas de produção e ser envelhecido no mínimo por um ano. Tudo isto faz com que o seu valor seja bastante elevado – custando no mínimo 100 euros a unidade – e que a marca seja frequentemente alvo de fraude.

Ainda assim, a fábrica garante que não existe qualquer risco para a saúde caso os micro-aparelhos sejam consumidos e diz ser impossível rastrear alguém que o faça e, segundo oWall Street Journal, já há mais indústrias a ponderar incluir estes aparelhos nos seus produtos como o setor farmacêutico e automóvel.

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