Sábado – Pense por si

Uma mala de 10 mil euros por 500: as imparáveis superfalsificações do luxo

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 04 de junho de 2023 às 18:00

Tentámos comprar uma mala clássica da Chanel, falsa, e demorámos meros segundos até sermos atendidos na China por WhatsApp. A cada vez maior qualidade das imitações torna-as difíceis de distinguir do original – até por especialistas.

Num voo de Paris para Londres, em 1984, a atriz Jane Birkin queixou-se ao presidente executivo da casa de luxo Hermès da falta de malas de senhora espaçosas, para as suas necessidades concretas de jovem mãe. Jean-Louis Dumas desenhou ali mesmo uma carteira, criando o modelo que se tornaria o maior clássico de luxo neste segmento: a mala Birkin. Mesmo quem tem a fortuna suficiente para a comprar, não pode simplesmente fazê-lo. A Hermès limita a venda das Birkin – ou das Kelly, outro clássico –, escolhendo os clientes que são dignos de gastar milhares de euros numa só mala. Mais “fácil” é comprá-la já usada – no site do retalhista de luxo Farfetch, por exemplo, uma Birkin 35 usada, de cor púrpura, está à venda por 22.259 euros. Para muitos, incluindo quem tem este tipo de quantias para gastar numa mala, há uma maneira ainda mais fácil: comprar uma superfalsificação.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
GLOBAL E LOCAL

A Ucrânia somos nós (I)

É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro