Secretário de Estado Antony Blinken fala em "provas esmagadoras". Pelo menos 20 pessoas morreram e 1.200 foram detidas em manifestações após o ato eleitoral.
Os Estados Unidos da América reconheceram Edmundo González Urrutia, o candidato da oposição da Venezuela, como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho cuja vitória foi reclamada por Nicolás Maduro.
REUTERS/B. Rentsendorj
"Perante as provas esmagadoras, é claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano que Edmundo González Urrutia conseguiu a maioria dos votos nas eleições presidenciais de 28 de julho", afirmou a partir da Mongólia, onde se encontra em visita oficial, Antony Blinken, o secretário de Estado dos EUA, na noite de quinta-feira, 1.
A disputa sobre os resultados eleitorais desencadeou protestos na Venezuela durante os quais já morreram 20 pessoas, segundo a ONG Human Rights Watch. Além disso, Maduro revelou que mais de 1.200 pessoas foram detidas e que o governo quer prender mais 1.000.
No dia a seguir às eleições, o Conselho Eleitoral Nacional proclamou Nicolás Maduro como vencedor com 51% dos votos. Contudo, a oposição diz que os seus registos de 90% dos votos mostram que o seu candidato Edmundo González Urrutia conseguiu mais do dobro do apoio, como já era previsto por sondagens anteriores às eleições.
A oposição revelou esses resultados num site, ao passo que o governo venezuelano não revelou mais dados além do número total de votos por candidato. De acordo com a agência noticiosa Reuters, o Supremo Tribunal da Venezuela aceitou um pedido de Maduro para que todos os candidatos presidenciais apresentem os seus registos esta sexta-feira, 2. Nicolás Maduro disse que o seu partido Socialista estava pronto a fazê-lo.
O Centro Carter, baseado nos EUA, enviou 17 observadores às eleições presidenciais de 28 de julho e disse que não podem ser consideradas democráticas.
O site do Conselho Eleitoral Venezuelano encontra-se em baixo desde o dia das eleições devido a um alegado ciberataque, segundo o governo de Maduro.
Perante a situação na Venezuela, o governo norte-americano está a considerar novas sanções contra o país. "Apoiamos plenamente o processo de restabelecer normas democráticas na Venezuela e estamos prontos a considerar maneiras de as impulsionar com os nossos parceiros internacionais", frisou Antony Blinken. "As forças de segurança e de cumprimento da lei não devem tornar-se um instrumento de violência política usado contra cidadãos que exercem os seus direitos democráticos."
Também os presidentes do Brasil, México e Colômbia pediram os registos detalhados dos votos.
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