Presidente português está na cidade para uma visita oficial. Suspeito do tiroteio ainda não foi detido e país está em nível máximo de alerta terrorista.
Duas pessoas morreram esta segunda-feira baleadas em Bruxelas e o atirador ainda não foi detido pela polícia, confirmou à Lusa a porta-voz do Centro de Crise Nacional da Bélgica. Na cidade belga encontra-se Marcelo Rebelo de Sousa que foi aconselhado a ir para o hotel.
REUTERS/Johanna Geron
"Houve um tiroteio ao início da noite e que pelo menos duas pessoas morreram. Informámos todos os nossos parceiros para saber que consequências pode haver", disse à Lusa Yves Stevens, porta-voz do Centro de Crise Nacional da Bélgica. O centro de crises vai reunir-se ainda esta segunda-feira, adiantou.
Um vídeo aparentemente do momento do crime, difundido pelas redes sociais, mostra uma pessoa com uma arma de fogo a disparar no meio de uma rua no bairro de Molenbeek. Enquanto as pessoas que estão na rua fogem, o atirador entra num edifício e pelo menos três tiros são audíveis. As duas vítimas mortrais eram suecos, na cidade para apoiar a sua seleção de futebol que tinha jogo marcado para esta segunda-feira.
As autoridades belgas elevaram para o nível máximo o alerta terrorista na capital. E foi apertado o controlo de fronteiras.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está na cidade a convite dos reis, Filipe e Matilde, visita que vai decorrer até dia 20. Marcelo, que chegou hoje à capital belga, estava de saída do jantar com os chefes de Estado e preparava-se para ir assistir ao jogo de Portugal contra a Bósnia num "estabelecimento comercial português", quando foi aconselhado pelas autoridades a seguir para o hotel, como o próprio contou aos jornalistas já na unidade hoteleira. Diz ter tido conhecimento de que "havia uma situação que coincidia com o jogo que está a realizar-se em Bruxelas, entre a Bélgica e a Suécia, em que houve a morte violenta de dois suecos".
A seleção belga de futebol estava a jogar com a Suécia no estádio Rei Balduíno, como parte da qualificação para o Euro 2024. O jogo foi interrompido, mas o público foi aconselhado a permanecer no local, indicam os media locais.
"As autoridades competentes entenderam que eu deveria seguir diretamente aqui para o hotel e eu, naturalmente, respeitei. Quando se trata de segurança num país estrangeiro o chefe de Estado visitante não se pode permitir entrar em colisão com as indicações de segurança", referiu o Presidente sobre a indicação que lhe foi dada para regressar ao hotel.
Segundo o chefe de Estado, "é prematuro nesta altura estabelecer uma ligação entre isso e aquilo que está a acontecer no Médio Oriente".
O Presidente indicou ainda que o programa da sua visita não deve sofrer alterações. "Vamos seguir, em princípio, todo o programa que estava previsto."
Notícia atualizada às 23h com o elevar do alerta de segurança na Bélgica.
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