O regresso foi negociado pelo Qatar junto de Moscovo e Kiev. Rússia terá raptado cerca de 20 mil crianças, segundo as autoridades ucranianas.
Quatro crianças ucranianas raptadas pelas tropas russas regressaram esta segunda-feira a casa. O acordo entre as duas partes foi mediado pelo Qatar.
REUTERS/Valentyn Ogirenko
O Ministério dos Negócios Estrangeiros qatari declarou que tinha conseguido mediar "um processo bem sucedido de reunificação de uma família", naquilo a que chamou "um passo importante para reunir as crianças com as suas famílias". Em causa estão quatro crianças ucranianas com idades compreendidas entre os 2 e os 17 anos. As famílias russas a quem as crianças tinham sido atribuídas concordaram com o regresso.
Uma das crianças chegou à Ucrânia esta segunda-feira, após ser reunida com a avó, enquanto as outras três ainda vão chegar ou esta segunda, ou terça-feira, revela a BBC. No entanto, já foram reunidas com a sua família. O menino de 7 anos teve de viajar para a Ucrânia através da Estónia, Letónia, Lituânia e Polónia.
Esta primeira troca poderá vir a ser seguida por outras, informou um alto funcionário qatari.
As autoridades ucranianas não comentaram ainda o regresso destas crianças ao país.
Em março, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra o presidente russo, Vladimir Putin, e a sua comissária para os direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, pela deportação ilegal de menores ucranianos. A Rússia tem justificado as suas ações com a vontade de "proteger" estas crianças do perigo, dizendo que se trata de uma atitude "humanitária". A Ucrânia diz que cerca de 20 mil crianças terão sido raptadas pelos russos.
Antes da mediação do Qatar, cerca de 400 crianças já tinham voltado à Ucrânia, depois de raptadas pelas tropas russas. No Telegram, Maria Lvova-Belova disse, citando Putin, que a intenção russa nunca foi "privar as crianças de estarem com as suas famílias" e que estariam dispostos a pagar o custo de transporte e acomodação para que estas se possam reunir com os pais.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.