Se não houver um acordo para a contenção do programa nuclear as sanções devem ser retomadas até ao final de agosto.
Diplomatas representantes do Reino Unidos, França e Alemanha e iranianos têm encontro marcado para esta sexta-feira para tentarem um avanço nas relações diplomáticas e desfazer o impasse relativo ao programa nuclear de Teerão.
Estas são as primeiras conversações desde a guerra dos doze dias entre o Irão e Israel que em junho levou os Estados Unidos a bombardearem as instalações nucleares iranianas. Neste momento as negociações estão centradas na possibilidade de as sanções ao Irão, que foram suspensas em 2015 depois do país do Médio Oriente ter aceitado restrições e monitorização do seu programa nuclear, serem reintroduzidas.
Um diplomata europeu partilhou com a Associated Press que foi sugerido aos iranianos que as sanções não serão agora repostas se "houver um envolvimento diplomático por parte do Irão, retomem a cooperação total com a Agência Internacional de Energia Atómica e abordem as preocupações sobre a quantidade de urânio altamente enriquecido que detêm". Se não chegarem a um acordo para a contenção do programa nuclear as sanções vão ser retomadas até ao final de agosto.
O vice-ministro para os Negócios Estrangeiros iraniano, Kazem Gharibabadi, já garantiu que o envolvimento iraniano depende de "vários princípios-chave" envolvendo também os Estados Unidos, que se retiraram do acordo nuclear em 2015, durante o primeiro mandato de Donald Trump. Um dos pontos fundamentais para o país do Médio Oriente é "reconstruir a confiança do Irão, já que neste momento não há nenhuma confiança nos Estados Unidos".
Na quinta-feira o membro do governo utilizou as redes sociais para pedir que as negociações não sejam usadas "como uma plataforma para agendas ocultas, como ações militares", insistindo que o Irão tem o direito de enriquecer urânio "de acordo com as suas necessidades legítimas" e pediu que esse direito fosse respeitado.
Nos últimos anos o Irão ameaçou várias vezes deixar o tratado de Não proliferação Nuclear, onde os signatários se comprometeram a não desenvolver armas nucleares, caso as sanções sejam retomadas.
Ainda antes do ataque norte-americano, uma preocupação internacional sobre o programa nuclear iraniano surgiu depois de a Agência Internacional de Energia Atómica ter emitido um relatório, em maio, onde alertava que as reservas de urânio enriquecido a 60%, nível logo abaixo do necessário para produzir armas nucleares, tinham aumentado para mais de 400 quilos.
Na quarta-feira o presidente iraniano Masoud Pezeshkian referiu, em entrevista à Al Jazeera, que o país está preparado para outra guerra e reiterou que o programa nuclear continuará a ser desenvolvido dentro dos contornos do direito internacional, acrescentando ainda que o país não tem intenção de desenvolver armas nucleares.
Ao ver os socialistas que apoiam a Flotilha "humanitária" para Gaza tive a estranha sensação de estar a ver a facção do PS que um dia montará um novo negócio, mais alinhado com a esquerda radical, deixando o PS “clássico” nas águas fétidas (para eles) do centrão.
A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
As declarações do ministro das migrações, Thanos Plevris – “Se o seu pedido for rejeitado, tem duas opções: ir para a cadeia ou voltar para o seu país… Não é bem-vindo” – condensam o seu programa, em linha com o pensamento de Donald Trump e de André Ventura.
Mesmo quando não há nada de novo a dizer, o que se faz é “encher” com vacuidades, encenações e repetições os noticiários. Muita coisa que é de enorme importância fica pelo caminho, ou é apenas enunciada quase por obrigação, como é o caso de muito noticiário internacional numa altura em que o “estado do mundo” é particularmente perigoso