NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Novidades com vantagens exclusivas: descontos e ofertas em produtos e serviços; divulgação de conteúdos exclusivos e comunicação de novas funcionalidades. (Enviada mensalmente)
No início da semana uma avaliação preliminar do Pentágono já referiu que os ataques dos Estados Unidos provavelmente tinham sido apenas capazes de atrasarem o programa nuclear em alguns meses. No entanto é possível que futuros relatórios consigam mostrar dados mais claros sobre a os verdadeiros danos causados.
O Irão tem capacidade para começar a enriquecer urânio novamente "em poucos meses", ou pelo menos é isso que o chefe do órgão de vigilância nuclear da ONU acredita.
Albert Otti/picture-alliance/dpa/AP Images
Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), referiu que os ataques dos Estados Unidos a três instalações de enriquecimento nucleares iranianas causaram danos graves, "mas não totais", contradizendo Donald Trump que tem afirmado que as instalações foram "totalmente destruídas": "Francamente, não se pode afirmar que tudo desapareceu e que já não existe nada".
Israel atacou as instalações nucleares do Irão, a 13 de junho, alegando que o país estava próximo de conseguir uma arma nuclear e mais tarde os Estados Unidos juntaram-se a estes esforços para destruir o programa nuclear iraniano, lançando bombas sobre Fordo, Natanz e Isfahan.
Desde então que o Médio Oriente tem vivido momentos de tensão ainda mais agravada, depois de mais de um ano e meio de guerra em Gaza, e a extensão dos danos provocados ainda não é clara, com os Estados Unidos e o Irão a defenderem versões muito diferentes. Agora Rafael Grossi afirmou, à CBS News, que pode ser "uma questão de meses" até o Irão ter "centrífugas a produzir urânio enriquecido" até porque o país ainda possui "capacidades industriais e tecnológicas" capazes de "começar o processo novamente".
No início da semana uma avaliação preliminar do Pentágono já referiu que os ataques dos Estados Unidos provavelmente tinham sido apenas capazes de atrasarem o programa nuclear em alguns meses. No entanto é possível que futuros relatórios consigam mostrar dados mais claros sobre a os verdadeiros danos causados.
Trump tem acusados os meios de comunicação de "uma tentativa de menosprezar um dos ataques militares mais bem-sucedidos da história", garantido que as instalações nucleares do Irão foram "completamente destruídas".
O Irão não tem sido muito claro nas suas declarações sobre o nível dos estragos causados pelos ataques norte-americanos. Na quinta-feira o líder supremo do Irão afirmou que os ataques não conseguiram destruir nada de significativo, já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, afirmou que os danos foram "excessivos e graves". Terrão rejeitou o pedido da AIEA para inspecionar as instalações danificadas e Araghchi defendeu mesmo que "a insistência de Grossi em visitar os locais bombardeados sob pretexto de salvaguarda não tem sentido e possivelmente tem até intenções malignas".
Por agora Israel e o Irão concordaram com um cessar-fogo, apesar das acusações de violações por parte de ambos os países, mas o presidente dos Estados Unidos já afirmou que considera bombardear novamente o irão descobrisse que o país ainda tem a capacidade de enriquecer urânio a níveis preocupantes.
Segundo o acordo nuclear de 2015, alcançado por várias potências mundiais, o Irão não tem permissão para enriquecer urânio acima de 3,6% de pureza, o nível exigido para combustíveis em centrais nucleares comerciais, e não tinha permissão para realizar nenhum enriquecimento na central de Fordo durante 15 anos. No entanto, na sua primeira passagem pela Casa Branca, Trump abandonou o acordo defendo que este fazia muito pouco para impedir o Irão de conseguir uma bomba e restabeleceu as sanções económicas ao Irão.
Como retaliação o regime dos aiatolas violou cada vez mais as restrições, especialmente as relativas ao enriquecimento, em 2021 o país retomou o enriquecimento em Fordo e acumulou urânio enriquecido a 60% suficiente para fabricar nove bombas nucleares, segundo os dados da AIEA.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".