Momento ocorreu em fevereiro num evento que contava com mais de uma centena de jovens. Gabinete do líder espiritual já veio pedir desculpas, apesar de considerar que foi algo "inocente".
No final do mês de fevereiro, um evento no templo do Dalai Lama, em Dharamshala, juntou mais de 100 jovens estudantes da Indian M3M Foundation. O encontro foi criado com o propósito de reunir o grupo de crianças com aquela que é a figura mais sagrada do budismo tibetano mas acabou por ficar marcado com um momento polémico.
Redes Sociais / Twitter
De acordo com oThe Guardian, um dos rapazes do grupo perguntou se poderia dar um abraço a Dalai Lama. O líder pediu para a criança subir até ao local onde se encontrava sentado e dar-lhe um beijo na bochecha. Depois recebeu o tal abraço, um beijo na boca e um pedido inusitado: "Chupa a minha língua", disse Dalai Lama ao jovem enquanto se ouviam risos da plateia.
O momento foi gravado e partilhado nas redes sociais, onde se tornou viral e reuniu milhares de mensagens de utilizadores que o consideraram "inapropriado", "escandaloso" e "nojento".
| Indignación y conmoción a nivel mundial ha causado un vídeo en el cual se observa al Dalai Lama besar a un menor en los labios e incluso intenta meterle la lengua en su boca. pic.twitter.com/EGB207Qn5y
O gabinete do líder espiritual viu-se assim obrigado a emitir um pedido de desculpas formal, ainda que considere que tudo não passou de uma atitude "inocente e a brincar".
"Sua Santidade quer desculpar-se pela atitude que teve com o menino e com a sua família, bem como com os seus muitos amigos em todo o mundo, pela dor que as suas palavras possam ter causado. Mas Sua Santidade costuma provocar as pessoas que conhece de maneira inocente e divertida, mesmo em público e diante das câmaras", escreveram em comunicado.
Apesar da maioria dos países ver o ato de mostrar a língua como algo incomum, de acordo com aBBCesta é uma tradição no Tibete onde é considerada uma saudação comum e um ato de respeito para com o próximo.
Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama, tem 87 anos e está a viver exilado na Índia desde 1959, quando o Tibete foi anexado pela China.
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