A influencer italiana enfrenta pena de prisão por fraude qualificada ao cometer práticas comerciais desleais numa campanha que prometia apoiar instituições de caridade.
A influencer e empreendedora italiana Chiara Ferragni apresentou-se novamente em tribunal na última terça-feira para a terceira audiência do julgamento por fraude qualificada em que o Ministério Público italiano propõe uma pena de 20 meses de prisão à influencer por não ter doado os lucros de campanhas de 2021 e 2023, sendo que tinha ficado acordado que uma parcela dos lucros estaria destinada a instituições de caridade.
Chiara atingiu fama a partir do blog The Blonde SaladASSOCIATED PRESS
A audiência ocorreu de porta fechada (assim como todos os julgamentos mais mediáticos em Itália) e de acordo com o jornal italiano La República, a influencer chegou meia hora mais cedo para fugir às atenções da comunicação social. Quando falou pela primeira vez desde o princípio do julgamento defendeu-se, esclarecendo que "nenhum euro foi arrecadado com segundas intenções". No entanto, a investigação do caso revela que a influencer já havia defraudado os seguidores em 2021 e 2022 num esquema semelhante com uma margem de lucro próxima dos 2,2 milhões de euros.
Tudo começou em 2022, quando Chiara começou a promover uma colaboração com a marca de bolos Bolocco, uma “edição limitada” do pandoro de Natal a mais de nove euros cada, ao invés dos quatro euros habituais. As embalagens da edição limitada incluíam o nome do hospital pediátrico Regina Margherita, em Turim, deixando implícito que as vendas reverteriam a favor do hospital. E p mesmo ocorreu no ano de 2021 com ovos da Páscoa com uma alusão na embalagem à instituição I Bambini delle Fate.
Desde então, Chiara Ferragni, já pagou mais de um milhão de euros à Autoridade Garante da Concorrência e do Mercado de Itália e o fabricante de bolos Bolocco pagou uma multa de 420 mil euros. A influencer também já fez diversos donativos para a caridade para tentar mitigar danos desta tempestade mediática ou como é conhecida em Itália, o Pandorogate.
A próxima audiência está marcada para 5 de dezembro e espera-se uma sentença em meados de janeiro. Pedem também a mesma condenação a Fabio Damato, diretor da Fenice, a empresa que detém as várias marcas de Chiara. Francesco Cannillo, proprietário da Cerealitalia, que produziu os bolos, também arrisca pena de um ano.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Trump disse que o que sabemos que aconteceu a um jornalista nunca aconteceu. E Cristiano Ronaldo não é só futebolista - também é dono de um grupo de media.
Do Minho ao Algarve, 22 sugestões para gozar os fins-de-semana prolongados de dezembro. E ainda: médicos prescrevem atividades como dança ou jardinagem; de onde vem o dinheiro para as Presidenciais?