Milhares de pessoas manifestaram-se na terça-feira em várias cidades ao longo da costa síria para denunciar a recente violência contra a minoria alauita.
O presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, reconheceu esta quinta-feira "exigências legítimas" após os protestos em grande escala realizados no início da semana, que apelaram à união quase um ano após a queda do regime anterior.
Ahmad al-SharaaReuters
Milhares de pessoas manifestaram-se na terça-feira em várias cidades ao longo da costa síria para denunciar a recente violência contra a minoria alauita.
Este é o maior movimento de protesto desta comunidade desde a queda de Bashar al-Assad, ele próprio um alauita, em dezembro de 2024.
As manifestações ocorreram após uma onda de violência na cidade multirreligiosa de Homs (centro da Síria), desencadeada no domingo pelo assassinato de um casal beduíno sunita, atribuído a alauitas devido a grafítis sectários encontrados no local.
"Nos últimos dois dias, temos assistido a muitas reivindicações populares legítimas, embora algumas tenham motivações políticas", frisou Al-Sharaa durante uma conversa telefónica com o governador de Latakia, uma cidade alauita, e com as autoridades locais, segundo a agência de notícias oficial SANA.
O novo Governo está "totalmente preparado para ouvir todas as reivindicações e examiná-las seriamente", acrescentou o antigo 'jihadista', cuja ascensão ao poder intensificou os receios das minorias sírias.
"A unidade nacional é um pilar fundamental e indispensável (...) Chegou o momento de pôr fim às divisões semeadas na mente dos sírios durante mais de sessenta anos", acrescentou, referindo-se ao período em que a família Assad governou a Síria.
Em março, massacres na costa síria, um bastião alauita, fizeram mais de 1.700 mortos, a maioria alauitas, após confrontos entre as novas forças de segurança e apoiantes de al-Assad, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
O litoral sírio está "entre as prioridades do Governo", mas "não pode ser gerido por uma autoridade independente, isolada do resto do país, porque uma Síria sem litoral perderia uma parte fundamental da sua força estratégica e económica", acrescentou Ahmad al-Sharaa.
A guerra civil (2011-2024) danificou gravemente as infraestruturas da Síria. As novas autoridades estão atualmente à procura de financiamento para a reconstrução do país, cujo custo poderá ultrapassar os 216 mil milhões de dólares (187 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual), segundo o Banco Mundial.
Presidente sírio reconhece "exigências legítimas" após protestos em grande escala
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