Marcas como a Apple, a Coca-Cola ou a Walt Disney retiraram a publicidade paga da plataforma, o que pode significar uma perda de 75 milhões de dólares.
Nas últimas semanas, vários foram os anunciantes a retirar publicidade do X, antigo Twitter, devido a relatos de aumento do discurso de ódio na plataforma. Durante um evento que decorria em Nova Iorque na quarta-feira, 29, Elon Musk, proprietário do X, foi questionado sobre a situação e ao responder atirou: "Se alguém me está a tentar chantagear com publicidade ou com dinheiro, vão para o caralho".
Twitter
Toda a situação foi espoletada porque momentos antes Elon Musk, convidado do DealBook Summit do New York Times, fez referência a uma publicação de 15 de novembro na sua página que afirmava que os membros da comunidade judaica promovem o "ódio contra brancos", acrescentando: "Disseste a verdade". Na quarta-feira, o CEO da Tesla considerou que essa foi a sua pior publicação de sempre, que incluía muitas mensagens "parvas": "O antissemitismo não era a minha intenção".
Este pedido de desculpas originou uma pergunta por parte do entrevistador sobre o possível impacto da remoção de anúncios pagos de marcas como a Apple, a Coca-Cola ou a Walt Disney, o que pode significar uma perda de receitas de cerca de 75 milhões de dólares (69 milhões de euros).
Elon Musk, com uma atitude que já lhe é bastante reconhecida, respondeu: "Não anunciem… Se alguém me está a tentar chantagear com publicidade ou com dinheiro, vão para o caralho. Vão para o caralho, está claro?".
A organização sem fins lucrativos Media Matters publicou um relatório onde demonstra que muitas vezes os anúncios destas grandes empresas aparecem seguidos de publicações nazis. Musk já avançou com uma ação judicial contra a organização, e este tornou-se outro motivo para as empresas se quererem distanciar do X.
Na entrevista, o proprietário do X referiu que "é o boicote publicitário que vai matar a empresa" e garante: "O mundo saberá que foram esses anunciantes que mataram a empresa".
Mais tarde, Linda Yaccarino, escolhida por Musk para CEO do X, fez uma publicação em que descreveu a entrevista de Elon Musk como "ampla e sincera", deixando uma proposta aos anunciantes: "O X é um cruzamento único e incrível entre a liberdade de expressão e a comunidade, que é poderosa e está aqui para o receber."
Today @elonmusk gave a wide ranging and candid interview at @dealbook 2023. He also offered an apology, an explanation and an explicit point of view about our position. X is enabling an information independence that's uncomfortable for some people. We're a platform that allows… https://t.co/PSmSKRkJSq
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.