Montenegro salientou que, hoje, Portugal já "usufrui de vários investimentos que têm origem na China e que têm sido alavancas para a transformação e desenvolvimento económico de Portugal".
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, afirmou esta terça-feia que, na sua visita oficial à China e depois ao Japão, quer trazer a mensagem de que Portugal "é um país confiável e confiante" para investimentos económicos. Luís Montenegro falou aos jornalistas, antes de uma visita à Cidade Proibida, em Pequim, no primeiro dia da sua deslocação oficial à China, dominada por encontros institucionais e uma passagem pela Região Administrativa de Macau.
Montenegro defende em Pequim que Portugal é um país confiável para investimentosANTÓNIO COTRIM/LUSA
Questionado se conseguirá fazer chegar a mensagem aos potenciais investidores chineses apesar de o programa não incluir um seminário económico -- como aconteceu nas anteriores visitas do então primeiro-ministro António Costa, em 2016, ou do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 2019 -, Montenegro rejeitou esta perspetiva. "Creio que a afirmação de que este programa é bastante curto só se pode estar a referir à dimensão temporal, porque do ponto de vista do conteúdo, este programa é vastíssimo", contrapôs.
Segundo Montenegro, o programa "congrega a oportunidade que o primeiro-ministro português tem de conversar e interagir diretamente com o presidente da Assembleia Nacional da República Popular da China, com o Presidente da República, com o primeiro-ministro". "Ao mesmo tempo que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Economia e a ministra do Ambiente e Energia interagem bilateralmente com os seus congéneres e também com empresários e empresas chinesas que operam em Portugal e com empresas portuguesas que operam na China", acrescentou.
Para Montenegro, o facto de as visitas estarem a ser feitas "com alguma compressão em termos de durabilidade" -- quatro dias divididos entre China e Japão - deve ser visto por outra perspetiva. "É apenas o registo de que nós somos capazes de fazer tudo isto em simultâneo, somos capazes de partir daqui para Macau, somos capazes de Macau partir para Tóquio e para podermos, nesta área geográfica, trazer a mensagem de que Portugal é um país confiante, é um país confiável, é um país para onde vale a pena olhar e que também olha para o mundo", defendeu.
Na sua declaração inicial aos jornalistas, Montenegro salientou que, hoje, Portugal já "usufrui de vários investimentos que têm origem na China e que têm sido alavancas para a transformação e desenvolvimento económico de Portugal". "É a nossa pretensão contribuir com esta nossa vinda cá para podermos também abrir portas a que mais empresas portuguesas possam encontrar no mercado chinês o destino dos seus produtos e, por via disso, também aumentar a nossa quota de exportação para esta geografia", afirmou.
Tal como tem dito várias vezes, o primeiro-ministro repetiu em Pequim que Portugal "é um país que se apresenta com uma estabilidade económica, financeira e um desempenho económico que está acima da média da União Europeia". "É um destino seguro para receber investimentos e é também uma porta que se projeta no mundo com excelência, com capacidade de inovação, com capacidade de poder conquistar mercados relevantes como é o mercado chinês", disse.
Ao final do dia, o primeiro-ministro parte para a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), onde terá agenda na quarta-feira de manhã, antes de seguir para o Japão.
"Tem sido uma nota dominante a forma como a transição se realizou e como temos conseguido, não obstante algumas vicissitudes, garantir a preservação dos nossos valores culturais e históricos no território e também uma contribuição para que agora, com este regime administrativo especial, os cidadãos de Macau possam ter acesso a índices de desenvolvimento que são também um apelo e um desejo do governo português", disse.
O último ponto do programa de Montenegro em Pequim foi uma reunião de trabalho com o seu homólogo da China, Li Qiang, antecedido de honras militares no Grande Palácio do Povo, participando depois num banquete oferecido pelo Governo chinês.
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.