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Ikea alerta para atrasos e escassez de produtos devido a ataques no Mar Vermelho

Luana Augusto
Luana Augusto 22 de dezembro de 2023 às 18:24
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Empresa de móveis e decoração garante que está a avaliar as opções para garantir a disponbilidade dos produtos. A BP entretanto já suspendeu o gás e os embarques de petróleo na região do Mar Vermelho.

O Ikea alertou para uma possível escassez e atraso de produtos à medida que as transportadoras contornam o Mar Vermelho, uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo e cuja segurança tem sido ameaçada pelos Hutis – um grupo de rebeldes do Iémen que tem atacado navios comerciais na zona sul.

REUTERS/Yves Herman

"A situação no Canal do Suez resultará em atrasos e poderá causar restrições de disponibilidade para certos produtos IKEA", afirmou, na quinta-feira, a Inter IKEA Systems B.V. em entrevista ao canal da CBS.

A empresa de móveis e decoração garante que está a avaliar as opções para garantir a disponibilidade dos produtos.

Sabe-se que desde meados de novembro já foram atacados cerca de 20 navios no Mar Vermelho, de acordo com o analistaZev Faintuch, da empresa de segurança Global Guardian. Antes desta rota – a mais curta ligação marítima entre a Europa e a Ásia - ter sido atacada, cerca de 12% do comércio global passava pelo Canal do Suez, segundo dados do Instituto Naval dos Estados Unidos. Agora 19% das embarcações que por lá passavam estão a seguir caminhos diferentes. A rota alternativa implica contornar África, o que significa que as viagens vão ser mais longas em dias ou até mesmo semanas. Como consequência também os custos dos transportes aumentaram em 14%, segundo dados da Freightos.

A empresa de energia BP já disse, na segunda-feira, que suspendeu o gás e os embarques de petróleo na região do Mar Vermelho. Das gigantes do transporte marítima que têm aproveitado para se desviarem da rota destacam-se a CMA CGA, a Equinor, a Evergreen, a Hapag-Lloyd, a Maersk, a Orient Overseas e a ZIM.  As retalhista Abercrombie & Fitch Co planeia mudar para para o transporte aéreo para evitar atrasos, noticiou a Bloombergna quinta-feira.

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