Sábado – Pense por si

Vasconcellos, no Brasil: "Como é que a Ongoing vai pagar? Tem de perguntar a quem lá está"

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 20 de maio de 2021 às 17:51

A Ongoing de que foi dono deixou 522 milhões por pagar no Novo Banco, mas Nuno Vasconcellos, que vive no Brasil, diz que não é com ele. Deputados interromperam audição, "em nome da dignidade".

Corria pouco mais de uma hora da audição de Nuno Vasconcellos, quando a deputada Mariana Mortágua, já com a paciência no limite, descreveu como Vasconcellos estava a fugir da responsabilidade pelo calote de 522 milhões de euros ao Novo Banco, falou do seu papel no colapso do BES e da PT e anunciou que, perante a recusa do inquirido em responder adequadamente, dava por terminadas as perguntas – todas as perguntas. "Eu estou aqui como convidado e não aceito as suas acusações", respondeu Vasconcellos. O presidente da comissão, Fernando Negrão, já tinha avisado o inquirido sobre a sua falta de cooperação e seguiu o exemplo de Mortágua: não valia a pena fazer mais perguntas a este devedor.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Sinais do tempo na Justiça

A maioria dos magistrados não dispõe de apoio psicológico adequado, o que resulta em inúmeros casos de burnout. Se esta estratégia persistir, a magistratura especializada comprometerá a qualidade do trabalho, sobretudo na área da violência doméstica.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.