Em entrevista a Jornal de Negócios e Antena 1, líder da CGTP questiona se Governo tem acordo secreto com confederações patronais para não mudar legislação laboral. Se o acordo existir? "A conversa tem de ser outra", diz
Uma greve geral "fará sentido", caso a CGTP não veja satisfeitas as suas exigências quanto à legislação laboral. Em entrevista ao Jornal de Negócios/Antena1, Arménio Carlos, líder da central sindical, questionou ainda se entre Governo e confederações patronais não existirá um "acordo de cavalheiros" para manter inalterada a legislação. Caso se confirme? "A conversa tem de ser outra", diz.
"Se houve algum acordo com as confederações patronais para não se mexer na legislação laboral, eu acho que isso é inaceitável, e bom será que o governo, rapidamente, clarifique a sua posição publicamente, se há alguns acordos secretos ou se não há, porque para nós a coisas têm de ser transparentes", disse o secretário-geral da CGTP garantindo que "a conversa passa a ser outra". "Dizemos ao governo: atenção que a partir daqui o diálogo e a negociação têm de ter alguma eficácia. E, para ter eficácia, tem de ter alguma resposta", diz.
E o tom de aviso ao executivo manteve-se ao longo da entrevista. "Se não tivermos respostas mais claras e inequívocas da parte do governo nos próximos tempos, isto quer dizer que as coisas se vão complicar", disse o dirigente sindical antes de apelar a que tanto PS, como os partidos da esquerda, avancem para um "salto significativo na mudança de políticas".
E sobre o o acordo parlamentar que sustenta o executivo minoritário socialista, Arménio Carlos não tem o discurso mais optimista. Nesta altura, vê como "praticamente esgotados" os compromissos acordados entre os partidos da esquerda parlamentar e alerta que nada pior que deixar as negociações estagnar. "O Governo deve estar mais atento para sacudir algumas pressões externas e internas. Não se pode agora deixar ficar refém nem dos interesses instalados nem de grupos devidamente identificados, de grupos que estão a procurar beneficiar daquilo que são os impostos pagos pelos trabalhadores e pelos reformados e que vêm do orçamento", concluiu.
Marcelo Rebelo de Sousa "intrometeu-se"
O Presidente da República também não escapou às críticas do líder sindical. Para Arménio Carlos, Marcelo Rebelo de Sousa "intrometeu-se de uma forma muito exposta" tanto nas negociações do aumento do sálario mínimo como no acordo de concertação social. "A partir do momento em que anunciou que estava empenhado num acordo de médio prazo que fosse para além da legislatura, desde logo estava a comprometer o processo que se estava a iniciar", disse.
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