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Espanha. Dani Alves começou a ser julgado por agressão sexual

Ministério Público pede pena de prisão de nove anos para o antigo jogador do Barcelona e exige uma indemnização de 150 mil euros à alegada vítima.

O antigo jogador do Barcelona Dani Alves começou esta segunda-feira (5) a ser julgado no Tribunal da Província de Barcelona, por alegada agressão sexual a uma mulher de 23 anos. O caso remonta a dezembro de 2022, quando na casa de banho VIP da discoteca Sutton, o futebolista terá obrigado uma jovem a fazer sexo oral, e a terá agredido.

D.Zorrakino/Pool via REUTERS

"Encontrei-a a chorar inconsolavelmente. Conheço-a desde os meus três anos de idade e nunca a vi chorar assim na minha vida. Ela disse-me: 'Ele magoou-me muito, ele penetrou'", revelou em tribunal uma das amigas da alegada vítima que testemunhou juntamente com uma prima da "queixosa".

"Antigamente ela era uma rapariga muito feliz, e viajava muito. Agora é ansiosa. Sai raramente, e porque a forçamos. Em qualquer lugar que vamos, ela pensa que a estão a observar, que a estão a seguir, ou que vão fotografá-la...", acrescentou Ana M., como é citada pelo jornalEl País.

As acusações tiveram resposta imediata da defesa de Dani Alves, que em tribunal pediu para que as testemunhas fossem confrontadas com as imagens das câmaras de segurança da discoteca. Os advogados pediram ainda para que o processo fosse anulado já que o alegado agressor estaria a ser vítima de um "julgamento paralelo" e de uma "condenação social", no entanto, o tribunal rejeitou as alegações da defesa e garantiu que os direitos fundamentais do jogador não foram violados.

Isto significa que o julgamento deverá prosseguir durante três dias. O Ministério Público (MP) entretanto já concluiu que Dani Alves agrediu sexualmente a jovem e que utilizou uma atitude "desprezível e violenta" tendo provocado "angústia e terror" na alegada vítima. Os magistrados pedem assim para que seja cumprida uma pena de prisão de nove anos, e exigem ainda o pagamento de uma indemnização à queixosa, no valor de 150 mil euros.

Dani Alves, apesar de ter negado numa primeira fase a relação sexual com a jovem, admitiu posteriormente o seu envolvimento, argumentando que foi consensual. A sua inicial negação foi na altura justificada como não querendo pôr em causa o seu casamento.

O antigo jogador, que se encontra em prisão preventiva desde 20 de janeiro de 2023, é casado com Joana Sanz - a modelo que ao longo das próximas três sessões irá testemunhar a favor do atleta. Na lista de testemunhas encontram-se também um funcionário da discoteca Sutto, um amigo de Dani Alves que estaria na festa onde aconteceu a alegada agressão, e ainda vários polícias que investigaram o caso e recolheram provas na casa de banho em questão

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