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Nova Zelândia queria "geração sem tabaco". Desistiu por causa dos impostos...

Luana Augusto
Luana Augusto 27 de novembro de 2023 às 14:31
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... e de uma nova coligação governamental. Setor da saúde alerta para perda de vidas, em especial entre o povo Maori.

A Nova Zelândia vai abandonar a legislação antitabaco que ia entrar em vigor em 2024 com vista a proibir a venda de tabaco a quem nasceu depois de janeiro de 2009. As medidas, concebidas para prevenir milhares de mortes relacionadas com tabagismo, caíram para que as receitas das vendas do tabaco equilibrem as contas públicas devido a novos cortes de impostos. 

REUTERS/Yves Herman

Ao jornalThe Guardian, profissionais de saúde lamentaram o sucedido, que pode custar até 5 mil vidas por ano, principalmente entre o povo Maori, que apresenta maiores taxas de fumadores. "Esta é uma grande perda para a saúde pública e uma enorme vitória para a indústria do tabaco – cujos lucros serão aumentados", lamentou a professora Lisa Te Morenga. 

Em 20 anos o governo poderia poupar cerca de 1,3 mil milhões de dólares (aproximadamente 1,3 mil milhões de euros) no setor da saúde, para não falar da quantidade de vidas salvas. No caso das mulheres, as taxas de mortalidade poderiam ser então reduzidas em 22% e no caso dos homens 9%, aponta a também presidente do grupo Health Coalition Aotearoa.

O governo neozelandês justifica a decisão com as contas do governo. "Voltando às fontes adicionais de receitas e outras áreas de poupança, que nos ajudarão a financiar a redução de impostos, temos de lembrar que as alterações à legislação anti-fumo tiveram um impacto significativo nas contas do governo - com cerca de mil milhões de dólares", garantiu no sábado, 25, Nicola Willis em entrevista ao programa de televisãoNewshub Nation.

Entre as medidas que iam avançar, além do aumento da idade legal, estava prevista a redução da nicotina no tabaco e a limitação da venda de tabaco até 600 lojas a nível nacional. 

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