A presidência da COP28 no Dubai, liderada pelo sultão al-Jaber, considera o texto "um enorme passo em frente". Vários países querem mais.
A presidência da COP28, liderada pelo sultão al-Jaber, descreveu o novo rascunho do texto do acordo da COP28 como "um enorme passo em frente", apesar de nada dizer acerca da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis. "A presidência da COP28 tem sido clara desde o início acerca das nossas ambições. Este texto reflete essas ambições e é um grande passo em frente", lê-se num comunicado. "Agora está nas mãos das partes, em quem confiamos para fazerem o melhor para a Humanidade e o planeta."
REUTERS/Thomas Mukoya
O rascunho aponta várias opções com vista à redução das emissões de gases com efeito de estufa, mas ficou aquém da eliminação progressiva dos combustíveis fósseis pedida por várias nações.
António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), tinha defendido que um marco de sucesso era conseguir um acordo para reduzir a utilização de carvão, petróleo e gás depressa o suficiente para travar alterações climáticas desastrosas. "Tal não quer dizer que todos os países tenham que eliminar os combustíveis fósseis ao mesmo tempo", explicou o secretário-geral. A cimeira no Dubai tem fim marcado para esta terça-feira, 12, mas pode prolongar-se caso não haja acordo.
O rascunho aponta oito opções que os países "podem" usar para cortar emissões, como "reduzir o consumo e a produção de combustíveis fósseis, de uma maneira justa, ordeira e equilibrada para alcançar o net zero até, antes ou ao redor de 2050", ou "rapidamente eliminar o carvão", ou apostar em tecnologias como as que retiram emissões de dióxido de carbono da atmosfera.
A coligação de mais de 100 países que inclui produtores de petróleo e gás, como os EUA, Canadá e Noruega, bem como a União Europeia e as nações insulares vulneráveis ao clima, queriam um acordo que incluísse a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, o que ainda não foi alcançado em 30 anos de cimeiras do clima.
De acordo com a agência noticiosa Reuters, os Emirados Árabes Unidos foram pressionados pela Arábia Saudita para retirar menções a combustíveis fósseis do rascunho. Este último país lidera o grupo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e encontra-se entre os principais opositores à eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
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