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Fóssil é um dos mais completos exemplares de pliossauro alguma vez encontrados. Viveu há cerca de 150 milhões de anos.
O crânio de um pliossauro, um réptil marinho gigante que aterrorizou os oceanos há cerca de 150 milhões de anos, foi extraído dos penhascos da Costa Jurássica de Dorset, no Sul de Inglaterra.
Finnbarr Webster/Getty Images
O fóssil, com cerca de 2 metros de comprimento, é um dos espécimes de fósseis marinhos mais completos alguma vez encontrados. Esta descoberta num local que é considerado Património Mundial está a fornecer novos conhecimentos sobre este antigo predador, relata a BBC.
A criatura tinha cerca de 130 dentes longos e afiados, pelo que conseguia matar a presa com uma única dentada. Só o seu crânio é maior do que um ser humano adulto. Com cerca de 10 a 12 metros de comprimento de corpo e quatro membros em forma de barbatana para ganhar velocidade, era um dos maiores predadores do mar.
"É um dos melhores fósseis em que já trabalhei, o que o torna único é o facto de estar completo", refere o paleontólogo Steve Etches, à BBC News. "A mandíbula inferior e o crânio superior estão unidos, tal como aconteceria em vida, em todo o mundo quase não se encontram espécimes com este nível de pormenor", acrescenta.
So excited to hear this news about the newest #dinosaur discovery within the Jurassic coast. It’s where I grew up, and also where a pliosaur grew up too, about 150 million years before me. https://t.co/nNe0if7j5F
"O animal era tão grande que penso que teria sido capaz de atacar eficazmente tudo o que tivesse a infelicidade de se encontrar no seu espaço", afirma Andre Rowe, da Universidade de Bristol. "Não tenho dúvidas de que se tratava de uma espécie de T-rex subaquático".
As refeições desde dinossauro teriam incluído outros dinossauros como o plesiossauro e ictiossauro, e os especialistas acreditam que também se alimentava de outros pliossauros.
O fóssil foi encontrado num penhasco de 15 metros de altura e teve que ser retirado durante meses por paleontólogos pendurados em cordas.
Após esta extração, vários cientistas e paleontólogos de todo o mundo vieram visitar o fóssil de forma a obter novos conhecimentos sobre como viviam estes répteis. A paleobióloga Emily Rayfield examinou as aberturas circulares na parte de trás da cabeça, o que mostrou o tamanho dos músculos que operavam as mandíbulas do animal, desvendando a força gerada quando a boca se fechava para esmagar a presa.
A força gerada pelo pliossauro correspondia a 33 mil newtons, uma unidade de medida de força. Para comparar, uma dentada de um dos animais mais fortes, o crocodilo de água salgada, tem 16 mil newtons.
"Uma mordida poderosa significa que também é capaz de esmagar tecidos e ossos de forma bastante eficaz", explica Andre Rowe. "Quanto às estratégias de alimentação, os crocodilos fecham a mandíbula à volta de algo e depois torcem-na, para talvez torcer um membro da presa. Isto é característico dos animais que têm a cabeça alargada na parte de trás, e é o que vemos no pliossauro", acrescenta.
O fóssil também revelou características que sugerem que tinha alguns sentidos apurados como os pequenos buracos presentes no focinho, o que os investigadores sugerem que possam ser glândulas que ajudavam o animal a detetar as alterações na pressão da água provocadas por possíveis presas.
No topo da sua cabeça também se encontra um buraco que sugere um osso parietal ou um terceiro olho, sensível à luz, o que pode ter ajudado a localizar outros animais, especialmente quando estaria a emergir de águas profundas e turvas.
Também tem algumas vértebras a sobressair na parte de trás de cabeça que desaparecem depois de apenas alguns ossos, o que sugere que uma outra parte do fóssil ainda esteja no penhasco. "Aposto a minha vida que o resto do animal está lá", diz Steve Etches. "E tem mesmo de sair porque está num ambiente de erosão muito rápida, e não vai demorar muito até que o resto do pliossauro caia e se perca. É uma oportunidade única na vida."
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