O primeiro rascunho foi denunciado como fraco por vários países. Presidência disse que já estava à espera.
A cimeira do clima da ONU, a COP28, estendeu-se além da data prevista de fim enquanto os países tentam chegar a um acordo relativo à eliminação progressiva dos combustíveis fósseis.
REUTERS/Thomas Mukoya
Muitos países criticaram o primeiro rascunho de segunda-feira, 11, que não inclui menções a essa eliminação progressiva de gás, petróleo e carvão. Mas o diretor-geral da COP28, Majid Al Suwaidi, não se mostrou surpreendido: "O objetivo do texto era originar conversações", afirmou. "Ao divulgar a primeira versão do texto, conseguimos que as partes tenham vindo ter connosco depressa com essas linhas vermelhas."
Na cimeira, a decorrer no Dubai, estão presentes quase 200 países, na tentativa de alcançar um plano global de ação para limitar as alterações climáticas rápido o suficiente para evitar mais cheias e ondas de calor mortíferas, bem como mudanças irreversíveis nos ecossistemas.
Al Suwaidi, dos Emirados Árabes Unidos, garante que o objetivo é um resultado "histórico" que inclua uma menção aos combustíveis fósseis.
O primeiro rascunho só continha oito sugestões que os países podiam seguir para travar as emissões de gases com efeito de estufa. Foi considerado demasiado fraco por países como a Austrália, Canadá, Chile, Noruega, EUA, e pela União Europeia. Não é claro se a China, o país que mais emite gases com efeito de estufa, apoiou a primeira versão.
À agência noticiosa Reuters, fontes próximas da discussão apontaram que o presidente da COP28, o sultão al-Jaber, tinha sido pressionado pela Arábia Saudita para não mencionar de todo os combustíveis fósseis - a que se negou.
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