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Youtuber é preso depois de despenhar avião de propósito

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 05 de dezembro de 2023 às 10:01
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Trevor Jacob fez um acordo de confissão de culpa, onde admitiu que o vídeo fazia parte de um acordo para um patrocínio.

Trevor Jacob, de 30 anos, foi condenado a seis meses de prisão depois de deliberadamente ter tido um acidente de avião para gravar um conteúdo para o Youtube.

REUTERS/Dylan Martinez

Em dezembro de 2021 o vídeo de Trevor Jacob a ser ejetado de um avião com um paraquedas foi publicado, conseguindo três milhões de visualizações, e o ex-atleta de snowboard garantiu às autoridades que se tinha tratado de um acidente.

Logo após a publicação do vídeo surgiram várias questões sobre a veracidade do acidente uma vez que o youtuber já tinha o paraquedas vestido e não fez nenhuma tentativa de pousar o avião em segurança.

A 11 de abril de 2021, a Administração Federal de Aviação concluiu que o incidente se deveu a "falta de cuidado, julgamento e responsabilidade" e que Trevor Jacob escolheu "saltar do avião apenas para conseguir gravar as imagens do acidente". Esta conclusão levou o youtubera ficar sem licença de pilotagem.

No entanto o processo continuou a ser julgado e Trevor Jacob acabou por conseguir um acordo de confissão de culpa, onde admitiu que o vídeo fazia parte de um acordo para um patrocínio. Anteriormente o ex-snowboarder já tinha confessado ter destruído e ocultado provas, os dois crimes vão agora valer seis meses de prisão ao youtuber.

Esta segunda-feira os procuradores federais da Califórnia defenderam: "Provavelmente Jacob cometeu este crime para gerar cobertura mediática e obter ganhos financeiros. No entanto este tipo de conduta não pode ser tolerada".

"Ele não pretendia chegar ao seu destino, o plano era ejetar-se da sua nave durante o voo e gravar um vídeo a cair de paraquedas enquanto a avião se despenhava", continuaram.

Já num comunicado, emitido depois de ser conhecida a decisão do juiz, o norte-americano partilha que esta foi uma "experiência muito humilhante" mas afirma que o acordo foi "a decisão certa".

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