O estado do Tennessee foi o primeiro a proibir as performances em espaços públicos e para menores de 18 anos, mas outros estados poderão seguir os mesmos passos.
No início do mês de março, o Tennessee tornou-se no primeiro estado norte-americano a proibir as performances públicas dedrag queens. O governador Bill Lee assinou um documento que decretava a ilegalidade das atuações que considerava serem "viradas para adultos e prejudicais a menores" em espaços públicos e definia que estas passariam a ser permitidas apenas para maiores de 18 anos e em espaços para o efeito.
REUTERS/Seth Herald
"As crianças estão potencialmente expostas ao entretenimento sexualizado, à obscenidade e precisamos de garantir que isto não acontece mais", defendia na altura. Já o republicano Chris Todd, que apresentou o projeto, chegou a dizer que todos aqueles que aceitam que as crianças assistam adrag showsestão "a apoiar os pedófilos".
Mas apesar de falarmos de uma ação pioneira, de acordo com aReuters, a organização Pen America divulgou que foram apresentados projetos idênticos noutros 14 estados. Também a American Civil Liberties Union assegurou que este ano já houve mais de 375 projetos de lei que visavam os direitos da comunidade LGBTQ+.
As notícias vêm assim aumentar os discursos de ódio de grupos de extrema-direita, o receio das comunidades LGBTQ+ e a incerteza nos Estados Unidos.
"Este é um espaço seguro, sempre foi um espaço seguro para mim e quero que todos sintam o mesmo. Quero que o meu público saiba que pode vir aosshowse que não tem de se preocupar com questões de segurança", disse à Reuters Daphne Rio, umadrag queenque trabalha há mais de oito anos e tem dezenas de shows na cidade de Dallas.
Este ano, enquanto se encontrava em performance, um casal entrou no local e captou uma série de fotografias suas. Mais tarde, as mesmas apareceram em cartazes assinados pelo grupo Protect Texas Kids.
"Agora é a hora de tomar uma posição contra este nojento abuso infantil. Partilhar imagens ultrajantes dosshowsdepois de acontecerem não é suficiente. Precisamos de vocês ao nosso lado", podia ler-se no papel. Nas apresentações seguintes Daphne Rio foi confrontada com vários manifestantes armados.
Esta tem sido uma realidade partilhada por vários membros da comunidade LGBTQ+, que deixa assim os artistas com medo de poderem vir a sofrer riscos físicos e mentais.
Em 2022 foram relatados 141 protestos ou ameaças contra estes eventos. Em alguns casos chegaram mesmo a ser denunciados episódios de violência.
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