"Tudo aquilo que for necessário fazer para que as coisas se esclareçam, para que se avance, há de ser feito", garante cardeal patriarca.
O cardeal patriarca de Lisboa disse hoje que a igreja católica portuguesa vai adotar novas medidas no combate a abusos sexuais pelo clero e admitiu a possibilidade de um estudo aprofundado em Portugal sobre a matéria.
Em declarações à agência Ecclesia, no Vaticano, onde decorreu uma cimeira mundial convocada pelo papa Francisco dedicada aos abusos sexuais contra menores cometidos por membros do clero, o cardeal patriarca Manuel Clemente adiantou que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) vai ter novas medidas.
O último dia da cimeira dedicada ao assunto que decorreu no Vaticano terminou com declarações agressivas do Papa Francisco. O Santo Padre comparou este domingo os abusos sexuais perpetrados sobre os menores ao "sacrifício" de crianças dos "ritos pagãos".
O último dia da cimeira dedicada ao assunto que decorreu no Vaticano terminou com declarações agressivas do Papa Francisco. O Santo Padre comparou este domingo os abusos sexuais perpetrados sobre os menores ao "sacrifício" de crianças dos "ritos pagãos".
Questionado sobre propostas para divulgar publicamente estatísticas sobre número de casos em Portugal ou a eventualidade de ser desenvolvido um estudo mais aprofundado sobre a realidade no país, Manuel Clemente admitiu que isso "é possível".
"Tudo aquilo que for necessário fazer para que as coisas se esclareçam, para que se avance, há de ser feito", disse à Ecclesia.
A propósito do encontro que decorreu desde quinta-feira até hoje, o cardeal defendeu que todos têm de "trabalhar a sério", porque "é um problema global e tem de ter uma solução global".
A igreja católica destruiu os dossiês sobre abusos sexuais perpetrados no seu seio, admitiu hoje o cardeal alemão Reinhard Marx, próximo do papa Francisco, falando na cimeira que decorre no Vaticano sobre a proteção de menores.
A igreja católica destruiu os dossiês sobre abusos sexuais perpetrados no seu seio, admitiu hoje o cardeal alemão Reinhard Marx, próximo do papa Francisco, falando na cimeira que decorre no Vaticano sobre a proteção de menores.
Para Manuel Clemente, o problema dos abusos sexuais de menores no seio da igreja católica "é destrutivo" e "algo de muito profundo, que tem de ser erradicado".
Sobre as medidas que a igreja portuguesa pretende adotar, o cardeal patriarca explicou que terão por base o ‘vade-mécum’ que o Vaticano vai distribuir a todas as conferências episcopais, um documento orientador que recolhe os resultados da discussão desenvolvida por 190 participantes no encontro em Roma.
Manuel Clemente classificou o novo documento como "mais preciso, mais articulado, mais operativo", ajudando a concertar esforços e oferecendo "ideias mais concretas" para desenvolver as diretrizes que a CEP implementou desde 2012, refere a Ecclesia.
No mesmo dia em que se inicia a cimeira convocada pelo Papa Francisco sobre "a proteção dos menores na igreja", é lançado também o livro " No Armário do Vaticano", que alega que 80% de todos os padres e bispos do Vaticano são homossexuais.
No mesmo dia em que se inicia a cimeira convocada pelo Papa Francisco sobre "a proteção dos menores na igreja", é lançado também o livro " No Armário do Vaticano", que alega que 80% de todos os padres e bispos do Vaticano são homossexuais.
Segundo as declarações do clérigo português, o texto deve ser analisado antes da assembleia plenária da CEP em abril.
"Esse ‘vade-mécum’, de normas mais concretas e orientadoras, até nos vai facilitar o serviço", considerou Manuel Clemente.
O presidente da CEP deixou elogios ao modelo de cimeira escolhido pelo Papa, que classificou como original ao abrir o debate a vários participantes, que disse ter decorrido com "toda a franqueza".
"Isto é um exercício de Igreja no seu melhor. Por isso, estou muito grato, estamos todos, ao papa Francisco, por ter feito algo assim, que eu creio que também é um exemplo para todos nós", disse à Ecclesia.
O papa Francisco apresentou hoje, no Vaticano, passos para a luta contra os abusos a menores na Igreja católica no final da cimeira com responsáveis de episcopados e institutos religiosos que debateram o tema.
Francisco, que falava no discurso final do evento, após a missa celebrada na sala régia do palácio apostólico, disse ter chegado a hora de "dar diretrizes uniformes para a igreja", embora não tenha citado medidas concretas ou mudanças na legislação do Vaticano, enumerando apenas vários pontos para a luta contra os abusos a menores.
Disse também que a igreja "não se cansará de fazer tudo o que for necessário" para levar à justiça quem quer que tenha cometido algum tipo de abuso sexual.
"Nenhum abuso deve jamais ser encoberto [como era habitual no passado] e subestimado, pois a cobertura dos abusos favorece a propagação do mal e eleva o nível do escândalo", disse aos 190 representantes da hierarquia religiosa e 114 presidentes ou vice-presidentes de conferências episcopais de todo o mundo que estiveram reunidos no Vaticano.
Cardeal patriarca admite estudar abusos sexuais na igreja em Portugal
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.