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Ucrânia avança com acordo comercial com a UE

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, garantiu quarta-feira, em Bruxelas, a entrada em vigor de comércio livre com a União Europeia, a 1 de Janeiro, apesar das restrições económicas ditadas por Moscovo

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, garantiu quarta-feira, em Bruxelas, a entrada em vigor de comércio livre com a União Europeia, a 1 de Janeiro, apesar das restrições económicas ditadas por Moscovo.

Ao lado do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, Poroshenko informou que o seu país "está pronto a pagar o preço" pela aproximação comercial com o espaço europeu.

"Estamos prontos a pagar o preço pela nossa liberdade e pela nossa escolha europeia", disse em conferência de imprensa.

O Presidente russo, Vladimir Putin, decretou hoje a suspensão do contrato de comércio livre com a Ucrânia, a partir de 1 de Janeiro, devido a "circunstâncias que prejudicam os interesses e a segurança económica da Federação da Rússia".

Concretamente, o documento suspende a aplicação à Ucrânia do tratado assinado a 18 de Outubro de 2011 e que criava um regime comercial especial entre os membros da Comunidade dos Estados Independentes (ex-URSS excepto países bálticos e Geórgia).

A Rússia tem vindo a repetir que o acordo de comércio livre entre Kiev e Bruxelas, previsto no Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE, pode inundar o seu mercado de produtos europeus se não forem tomadas medidas de protecção comercial.

Moscovo já ameaçou alargar à Ucrânia a 1 de Janeiro o embargo aplicado aos países ocidentais que sancionam a Rússia pelo seu envolvimento na crise ucraniana se não chegar a acordo com Bruxelas e Kiev sobre a aplicação do contrato entre eles.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.