Russos aceitam facilitar a exportação de cereais ucranianos com a condição de serem levantadas as restrições relacionadas com as entregas aéreas para a exportação de cereais russos.
O acordo para permitir as exportações de cereais bloqueados nos portos ucranianos vai ser assinado na sexta-feira em Istambul, anunciou a presidência turca em comunicado.
"A cerimónia de assinatura do acordo do envio de cereais, na qual estarão presentes o Presidente [turco] Recep Tayyip Erdogan e o secretário-geral da ONU, António Guterres, será assinado amanhã às 16:30 no Palácio Dolmabahçe, com a participação da Ucrânia e Rússia", assinala o texto.
Istambul foi palco na semana passada de uma reunião de peritos militares da Rússia, Ucrânia e Turquia e de representantes da ONU para tentar desbloquear a exportação dos cereais russos e ucranianos retidos devido à guerra na Ucrânia e evitar uma crise alimentar global.
O anúncio deste acordo surge um dia depois do chefe da diplomacia russa ter afirmado que insistiu junto da ONU para que a organização alcançasse um acordo que facilite as exportações agrícolas da Rússia, afetadas pelas sanções ocidentais, em troca da passagem dos cereais ucranianos bloqueados devido à guerra.
"Enviámos ontem [terça-feira] um sinal ao secretário-geral (da ONU) dizendo, aqui está, esta é a vossa iniciativa, vamos tomar uma decisão sobre os ucranianos, depois sobre os russos", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov. Antes, o Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha feito um pedido similar.
"Vamos facilitar a exportação de cereais ucranianos, mas com base no levantamento de todas as restrições relacionadas com as entregas aéreas para a exportação de cereais russos", apontou o chefe de Estado russo em declarações após uma reunião do chamado Grupo de Astana, que junta Rússia, Turquia e Irão, que decorreu na passada terça-feira em Teerão.
Números avançados pelosmediainternacionais apontam que mais de 20 milhões de toneladas de grãos e sementes de girassol estão bloqueados nos portos ucranianos do Mar Negro.
Em conjunto, segundo a revista britânicaThe Economist, a Ucrânia e a Rússia fornecem 28% do trigo consumido no mundo, 29% da cevada, 15% do milho e 75% do óleo de girassol.
As exportações de cereais e de fertilizantes russos têm sido afetadas pelas sanções impostas pelo Ocidente sobre as cadeias logísticas e financeiras russas.
A Rússia é um exportador chave de fertilizantes. Em 2021, o país foi o principal exportador mundial de fertilizantes nitrogenados e o segundo fornecedor de fertilizantes potássicos e fosforados.
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