Tinder, Hinge e outras aplicações de encontros estão repletos de recursos viciantes que incentivam o uso compulsivo, lê-se na ação judicial.
A Match Group, proprietária do Tinder, Hinge e outras aplicações de encontros, foi alvo de um processo judicial que acusa a empresa de incentivar o uso compulsivo destas plataformas, para gerar lucros.
REUTERS/Akhtar Soomro/Illustration/File Photo
Tinder, Hinge e outras aplicações de encontros estão repletos de recursos viciantes que incentivam o uso compulsivo, pode ler-se na ação judicial divulgada esta quarta-feira pela Associated Press (AP).
A ação, apresentada no tribunal federal do distrito norte da Califórnia no Dia dos Namorados, refere que a Match apresenta intencionalmente as suas plataformas de namoro com recursos semelhantes aos de jogos que "prendem os utilizadores a um ciclo perpétuo de pagar para jogar", priorizando o lucro em vez das promessas de ajuda para os utilizadores encontrarem relacionamentos.
Esta política, de acordo com o processo, transforma os utilizadores em viciados, que compram assinaturas cada vez mais caras para aceder a recursos especiais que prometem romance e encontros.
"O modelo de negócios da Match depende da geração de retornos por meio da monopolização da atenção dos utilizadores, e a Match garantiu o seu sucesso no mercado ao fomentar o vício em aplicações de encontros que gera assinaturas caras e uso perpétuo", pode ler-se no processo.
A ação foi movida por seis utilizadores de aplicações de encontros e procura o estatuto de ação coletiva.
Representantes da Match, com sede em Dallas (Texas), não responderam imediatamente a um pedido de comentário da AP.
Embora se concentre em adultos, o processo surge num momento em que as empresas de tecnologia enfrentam um escrutínio cada vez maior sobre características viciantes que prejudicam a saúde mental dos jovens.
A Meta, empresa-mãe do Facebook e do Instagram, por exemplo, enfrenta uma ação judicial movida por dezenas de estados norte-americanos que a acusam de contribuir para a crise de saúde mental dos jovens, ao desenvolver funcionalidades no Instagram e no Facebook que viciam as crianças nas suas plataformas.
As aplicações da Match, de acordo com o processo contra a empresa, "aplicam recursos reconhecidos de manipulação de dopamina" para transformar os utilizadores em "jogadores presos numa busca por recompensas psicológicas, que a Match torna ilusória de propósito".
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