O presidente do governo de gestão disse, em Varsóvia, que irá "fazer o maior dos esforços" para formar um governo "estável" que "dure quatro anos" e que tome posse "o mais rapidamente possível". Mas já sabe que não conta com o apoio dos socialistas
O impasse governamental em Espanha parece continuar sem solução. Este sábado, o presidente do governo de gestão, Mariano Rajoy, garantiu que vai esforçar-se para negociar o apoio de outros partidos espanhóis do centro e da direita para formar governo até ao fim do mês, após a nega do PSOE. Mariano Rajoy disse, em Varsóvia, que irá "fazer o maior dos esforços" para formar um governo "estável" que "dure quatro anos" e que tome posse "o mais rapidamente possível".
O Comité Federal do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), reunido hoje em Madrid, decidiu que não irá facilitar a tarefa ao PP (Partido Popular, de direita) na formação do novo governo espanhol, recusando uma aliança ou, no mínimo, abster-se e deixar passar um hipotético governo minoritário de Mariano Rajoy. O PP foi o partido mais votado nas eleições de 26 de Junho, com 137 deputados, mais 14 que nas legislativas de Dezembro, mas longe dos 176 mandatos que dão a maioria absoluta no congresso espanhol.
O PSOE ficou em segundo lugar, com 85 assentos (90 em Dezembro), enquanto a aliança de esquerda Unidos Podemos (coligação entre partidos de esquerda radical), que as sondagens colocavam em segundo lugar, ficou em terceiro e elegeu 71 deputados, com o Ciudadanos (centro liberal) a conseguir 32 assentos.
O líder do PP e actual presidente do Governo de gestão irá manter esta semana uma série de reuniões bilaterais com todos os líderes com assento no futuro Congresso dos Deputados. Essencial para a estratégia de Rajoy será obter o apoio dos Ciudadanos, que obtiveram 32 lugares, e que somados aos 137 do PP, asseguravam 169 deputados, um número que fica a sete deputados da maioria absoluta desejada.
Albert Rivera, líder do Ciudadanos já não veta, como dizia até há pouco, a possibilidade de Mariano Rajoy ser o próximo presidente do governo, mas aspira marcar a agenda do próximo governo com as suas propostas reformistas. Rajoy e Rivera têm já marcada uma reunião para terça-feira em que o líder dos Ciudadanos irá apresentar as suas exigências para apoiar um governo da responsabilidade do PP.
Mariano Rajoy poderá em seguida tentar obter o apoio de alguns partidos regionais espanhóis: o CDC (Convergência Democrática da Catalunha), de direita liberal e separatista, com oito deputados, ou o PNV (Partido Nacionalista Basco), conservador, com cinco deputados.
Os membros das novas Cortes espanholas (Congresso de Deputados e Senado) tomam posse a 19 de Julho. Poucos dias depois da constituição das duas câmaras, mas sem prazo definido, o rei de Espanha, Filipe VI, iniciará as consultas com os partidos para, em seguida, fazer uma proposta de candidato a assumir a presidência do Governo.
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