Sábado – Pense por si

Marcelo considera que partido é uma família da qual não se muda

Presidente da República reforçou que tem a sua filiação ao PSD suspensa, mas abordou a saída de Santana Lopes do PSD.

O Presidente da República disse hoje que um partido é como uma família e que de família não se muda, comentando assim a decisão de Pedro Santana Lopes de sair do PSD.

"Para mim o partido é uma família e não se muda uma família, mas tenho grandes amigos que pensam o contrário, que é uma opção como outra qualquer e que se muda de partido quando se entende que já não corresponde àquilo que se pretende. Eu tenho uma visão diferente", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à SIC Noticias.

Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontrava em Vouzela, reforçou que tem a sua filiação ao PSD suspensa e que esta é uma questão da vida interna do partido, tal como o é a intenção de Pedro Duarte se candidatar à liderança do partido.

Pedro Santana Lopes vai sair do PSD e formar um novo partido, decisão que já comunicou à liderança social-democrata e que explica numa carta aberta aos militantes, a que oObservadorteve acesso.

Santana Lopes põe assim fim a 40 anos de militância no PSD, dos quais diz guardar recordações de "momentos únicos" e "extraordinários", mas também de alguma desilusão, sobretudo por sentir que os seus discursos eram ouvidos, mas as suas ideias pouco atendidas.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que ainda não leu a carta dirigida aos militantes, mas que Santana Lopes lhe foi comunicando o seu estado de espírito, e considera que esta é "uma opção drástica, uma mudança de vida drástica tendo sido uma figura importante no partido".

O chefe de Estado adiantou, contudo, que, como Presidente da República, não pode nem deve imiscuir-se na vida dos partidos, que deve garantir que quem esta na área do poder tenha coesão para garantir que Governo funciona e que quem esta na oposição seja forte para dar uma alternativa forte.

"O que me preocupa é que a oposição não se fragmente, que deixe de ser uma alternativa de poder", disse.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.