O primeiro-ministro reconheceu que o país tem "um problema sério em matéria de professores".
O primeiro-ministro anunciou hoje que na sexta-feira serão pagos os aumentos extraordinários de pensões previstos no Orçamento do Estado para 2022 e que, na quinta-feira, o Conselho de Ministros irá aprovar novas medidas para atrair professores.
No debate da moção de censura do Chega ao Governo, António Costa optou por responder em conjunto às cinco primeiras perguntas dos partidos.
Em resposta ao líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, o primeiro-ministro admitiu que ninguém tinha imaginado que o país viveria tempos tão difíceis, em que, depois de uma pandemia, haveria um cenário de guerra na Europa.
"Mas mesmo nas circunstâncias difíceis, vamos cumprir o que foram as promessas fundamentais feitas aos portugueses. O Orçamento que o senhor chumbou -- e que voltou recentemente a chumbar -- e finalmente entrou em vigor, vai permitir que na próxima sexta-feira paguemos com retroativos a janeiro o aumento extraordinário de pensões com que nos tínhamos comprometido a todos os pensionistas até 1068 euros", afirmou.
Por outro lado, Costa reconheceu que o país tem "um problema sério em matéria de professores" e anunciou a aprovação de um diploma no Conselho de Ministros de quinta-feira com "duas medidas da maior importância".
"Uma fixação à escola de todos os professores que tenham sido contratados para preencher horários que estavam e continuam vagos e, em segundo lugar, permitir à escola abrir concursos para horários completos nos grupos de disciplinas e nos territórios onde se verificou carência, de forma a que, havendo horários completos, sejam mais atrativos", disse.
Em resposta à líder parlamentar do PCP, Paula Santos, Costa recusou que o Governo não valorize as carreiras dos profissionais de saúde, mas admitiu ser necessária "melhor organização e gestão para motivar os profissionais de saúde", voltando a remeter para o novo Estatuto do SNS que será aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros.
"Neste momento, estamos em negociação com as estruturas sindicais para resolver um conjunto de problemas que valorizam as carreiras (...) Não nos falta vontade, estamos a trabalhar, a negociar, haja vontade de todos para chegar a um bom acordo", disse.
Na resposta ao deputado e presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, António Costa disse não fazer parte das suas funções como primeiro-ministro "mediar o conflito e disputas entre IL e Chega", reiterando que esta moção de censura hoje apresentada é sobretudo uma competição dentro da oposição.
Às questões colocadas pela IL sobre os problemas registados nos aeroportos portugueses, com muitos voos cancelados e longas filas, o chefe do Governo atribuiu-os às dificuldades que se verificam "à escala global" nos aeroportos de toda a Europa, que provocam "um efeito em cadeia".
"Desde que implementámos o plano de contingência, quer com a mobilização de inspetores do SEF que estavam em outras funções, quer com o reforço dos primeiros efetivos da PSP já formados para exercer função de controlo de fronteiras, mais o investimento feito nos instrumentos eletrónicos para agilizar as entradas, que nas últimas semanas têm vindo a diminuir os problemas nas entradas", defendeu.
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