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Ibrahim explicou que o pai foi detido por causa de 14 publicações na rede social Twitter nos últimos sete anos, principalmente a criticar políticas governamentais e suposta corrupção na Arábia Saudita.
Um homem com dupla nacionalidade norte-americana e saudita foi condenado a 16 anos de prisão na Arábia Saudita devido a críticas ao regime de Riade, publicadas no Twitter enquanto estava nos Estados Unidos.
REUTERS/Huseyin Aldemir/File Photo
Ibrahim, o filho de Saad Ibrahim Almadi, disse à agência Associated Press que o homem de 72 anos, que vive na Florida, foi preso em novembro de 2021, enquanto visitava a família na Arábia Saudita, torturado e condenado no início deste mês.
Ibrahim explicou que o pai foi detido por causa de 14 publicações na rede social Twitter nos últimos sete anos, principalmente a criticar políticas governamentais e suposta corrupção na Arábia Saudita.
O filho disse que Almadi não era um ativista, mas um cidadão comum expressando a sua opinião enquanto estava nos Estados Unidos, onde a liberdade de expressão é um direito constitucional.
Ibrahim revelou que o pai foi condenado a 16 anos de prisão em 3 de outubro por acusações de apoiar o terrorismo, assim como a uma proibição de viagem de 16 anos.
Se a sentença for cumprida de forma integral, Almadi será libertado aos 87 anos e só poderá voltar para casa, nos Estados Unidos, aos 104 anos.
Ibrahim disse que as autoridades sauditas alertaram a família de Almadi para não tornar o caso público e não envolver o governo de Washington.
Após a família ter entrado em contacto com o Departamento de Estado norte-americano, em março, o idoso foi torturado, disse o filho. Ibrahim acusou o Departamento de Estado de negligenciar o caso do pai ao não o declarar um norte-americano "detido injustamente".
O porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, confirmou na terça-feira a detenção de Almadi. "Temos de forma consistente e intensa demonstrado a nossa preocupação com o caso aos níveis superiores do governo saudita, tanto por meio de canais em Riade como em Washington, e continuaremos a fazê-lo", disse Patel.
Os Estados Unidos voltaram a discutir a condenação de Almadi "com membros do governo saudita" na segunda-feira, revelou o porta-voz.
As autoridades sauditas não fizeram até ao momento qualquer comentário sobre Almadi.
A Arábia Saudita reforçou a repressão à dissidência após a ascensão do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que tem procurado abrir e transformar o reino ultraconservador, mas adotou uma linha dura em relação a qualquer crítica.
Em agosto, um tribunal saudita condenou uma mulher a 45 anos de cadeia por, alegadamente, ter afetado o país através da atividade que mantinha nas redes sociais.
Também em agosto, a saudita Salma al-Shehab, estudante de medicina em Leeds, Inglaterra, foi condenada a 34 anos de prisão em Riade igualmente pelo uso "indevido" das redes sociais.
O Presidente norte-americano Joe Biden, que em 2018 tinha prometido tornar a Arábia Saudita um reino "pária" pelo assassínio em 2018 do jornalista saudita Jamal Khashoggi, viajou para Riade em julho.
Biden encontrou-se com o príncipe herdeiro Mohamed, numa reunião na qual levantou a questão dos direitos humanos, disse mais tarde o líder dos Estados Unidos.
Em 11 de outubro, Biden disse que irá reavaliar a relação bilateral com a Arábia Saudita, depois de os sauditas se aliarem à Rússia na redução da produção de petróleo em dois milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia da covid-19.
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