Sábado – Pense por si

Ventura sorri num pântano à direita. Próximo objetivo: destronar o PSD

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 31 de janeiro de 2022 às 07:00

Numa direita de rastos, André Ventura foi um dos poucos vencedores. Com um PSD enfraquecido, o líder do Chega ambiciona ser a principal oposição: “António Costa, eu vou atrás de ti agora." Com um grupo parlamentar frankenstein (mas que lhe é leal), conseguirá Ventura?

Tudo mudou. Tudo mudou mesmo. À esquerda, BE e PCP foram diminuídos a quinta e sexta forças políticas, cada um com menos de 5% dos votos. À direita, o PSD perdeu para uma maioria absoluta do PS e o CDS-PP desapareceu. O pior cenário possível para os dois partidos mais antigos (e representativos) da direita portuguesa concretizou-se – e só as novas forças à direita sorriram: IL elegeu 8 deputados, o Chega 12. Quando André Ventura chegou à sala de conferências do hotel Marriott pouco depois das 23:30, já sabia que era um dos grandes vencedores da noite, e a receção fala por si. "Pouco importa, se eles falam bem ou mal. Temos o André Ventura, a mandar em Portugal", cantavam os militantes. Antes não se cantava "temos", mas sim "queremos" – é, afinal, um verbo que se adequa mais às ambições do líder do Chega a curto prazo.

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