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Treze cartazes só no Marquês: a grande feira da propaganda política

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 24 de julho de 2022 às 10:00

Num curto percurso até à praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, contámos 34 cartazes. Partidos e outras entidades não pagam para afixar durante todo o ano e não têm de pedir licença. A lei não é cumprida - mas só um tribunal tem poder para mandar tirar cartazes que afetem a estética das cidades.

"Vidas sem valor”, lê-se no cartaz do Sindicato Nacional da Polícia, posto na Segunda Circular, perto da saída para o centro de Lisboa. Trezentos metros depois vemos Renata Cambra, do pequeno partido MAS, a prometer “acordar a esquerda”. Andamos mais um quilómetro, até à praça de Entrecampos, onde há choque entre extremos: o Chega!, com um cartaz, e o PCP, com dois. Ali ao lado, Bruno Fialho, do PDR, garante ser “a escolha certa”, num cartaz das autárquicas de 2021. Isto é só o aquecimento – pouco à frente, no Campo Pequeno, há 11 cartazes.

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