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Tino de Rans, o rapaz que só queria ser “o melhor calceteiro do mundo”

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 10 de janeiro de 2021 às 08:16

Aos 21 anos estava na tropa, onde soube da morte do irmão. Ganhou a Junta de Freguesia de Rans em sua homenagem.

Véspera de Natal, 1992. À mesa de jantar da família Rocha e Silva, Neca dizia ao irmão mais novo, Vitorino, que se devia candidatar à junta de Rans. "Um dia vais ser presidente de junta e meter Rans no mapa", dizia o mais velho ao jovem Tino, de 21 anos, então na tropa e sem ambições políticas. "Ai, parem de falar que a política só traz desgostos", pediu a mãe. Não se falou mais no assunto – no dia 5 de janeiro, recebeu uma má notícia: em Tarouca, onde estava a fazer a tropa, o irmão Neca tinha morrido aos 31 anos. "Foi naquele momento, aos 21 anos, que decidi honrar o meu irmão: prometi-lhe que iria pôr Rans no mapa e candidatei-me à junta", lembra Tino àSÁBADO.

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