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Rio defende que PSD não teve "grande derrota" e vai ponderar com "serenidade" se continua

07 de outubro de 2019 às 00:36
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"Não atingimos o objetivo, mas não é a grande derrota que muitos previam, essa grande derrota não existiu", defendeu líder social-democrata.

O presidente doPSDassumiu hoje que o partido não conseguiu o seu grande objetivo, vencer as eleições, mas considerou que o resultado não foi uma "grande derrota" e afirmou que vai ponderar "com serenidade" a continuidade na liderança.

"Não atingimos o objetivo, mas não é a grande derrota que muitos previam, essa grande derrota não existiu", defendeu Rui Rio, em declarações aos jornalistas, no hotel em Lisboa onde o partido acompanhou a noite eleitoral.

Questionado se vai abandonar a liderança do PSD -- pergunta que motivou risos e protestos da assistência -, Rui Rio começou por dizer que a pergunta partia do pressuposto errado, de que o PSD tinha tido a "grande derrota que muitos profetizavam e até desejavam".

"Essa pergunta que me está a fazer vai merecer serenidade e ponderação e ouvir as pessoas", afirmou.

O presidente do PSD apontou no domingo à noite que cabe ao PS tomar a iniciativa de formação de Governo e irá aguardar pelas audiências em Belém e pela reunião dos órgãos do partido antes de se pronunciar.

Questionado sobre o papel do PSD na próxima legislatura, Rui Rio assinalou que "o Partido Socialista ganhou as eleições, tem agora de ter a iniciativa sobre aquilo que quer fazer".

"E, acima de tudo, aquilo que é importante é que eu não sei, nem nenhum de nós sabe exatamente o que o PS quer fazer", ressalvou o presidente do PSD.

Considerando que esta questão "é do interesse nacional", Rui Rio apontou que é preciso "aguardar a composição final da Assembleia da República", uma vez fechados os resultados das eleições legislativas de domingo.

"O senhor Presidente da República irá seguramente chamar os partidos e nós lá iremos. Em função daquilo que o PS quiser fazer, nós vamos analisar a envolvente política, sempre num ato de coerência com o nosso próprio programa e com tudo aquilo que dissemos", precisou.

Rui Rio assinalou também que agora é tempo de "reunir os órgãos próprios do partido" e depois pronunciar-se sobre os próximos quatro anos.

"Logo veremos a posição que tomamos, sendo que ela estará seguramente em consonância com tudo aquilo que eu sempre disse. Não vai sair daqui nada de diferente daquilo que eu sempre disse, isso pode ter a certeza absoluta", vincou.

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